• Em reunião da Comissão de Acompanhamento do PAC da Alepe, secretários dizem que projetos pararam por falta de recursos do governo federal
Jornal do Commercio (PE)
Com a totalidade das médias e grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de Pernambuco paradas gradualmente a partir de meados de 2014, o governo estadual responsabilizou, nesta terça-feira (2), de forma direta, a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) pelos atrasos e paralisações nos projetos de abastecimento, barragens, saneamento, corredores de BRTs e navegabilidade conveniados entre a União e o Estado.
A atribuição da culpa ao governo federal foi feita por secretários executivos e dirigentes das áreas de Cidades, Desenvolvimento Econômico, Recursos Hídricos, Habitação, Compesa e Suape do governo Paulo Câmara (PSB), na reunião da Comissão Especial do PAC, criada pela Assembleia Legislativa para investigar obras paradas no Estado. Os secretários revelaram valores dos contratos e percentuais de execução das obras paradas.
Diante dos deputados da Comissão do PAC, o governo estadual admitiu a responsabilidade apenas pela paralisação em dezembro de 2014 (a obra está sendo retomada agora) de Serro Azul, em Palmares, Mata Sul, a maior barragem de um complexo para conter enchentes. A União repassou o total de seus 50% (R$ 200 milhões), mas o Estado não teve caixa para dar continuidade à obra.
“Serro Azul foi de fato recursos do Estado, as demais (obras) foi falta de recursos da União. O motivo hoje das paralisações é que faltam recursos da União”, repetiu o secretário executivo de Recursos Hídricos, Almir Cirilo.
Em meio a valores e percentuais de execução de obras nas diversas áreas, a oposição contestou dados, sugeriu que o formato era uma manobra do governo para confundir a comissão e pediu reuniões por temas específicos a partir de agora, o que foi aceito pelo presidente Miguel Coelho (PSB).
“Tudo que ocorre no Estado agora é culpa do governo federal. Faltam recursos, mas há falhas de projetos e questões ambientais que param obras”, rebateu o líder da oposição, Sílvio Costa Filho (PTB). “Peço o engajamento da oposição para liberarmos recursos para essas obras”, apelou o vice-líder do governo, Lucas Ramos (PSB).
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