Adriano Ceolin – O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), resolveu fazer um gesto arriscado ao pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a publicar o acórdão sobre o rito do impeachment. Na esperança de que a Corte mude pontos da decisão, ele quer apresentar embargos de declaração, instrumento jurídico usado após a divulgação oficial do julgamento para esclarecer detalhes da sentença.
Na prática, o STF esvaziou o poder de Cunha no impeachment. O presidente da Câmara vive um momento de extrema fragilidade política. Como disse um auxiliar de Dilma quando as investigações sobre Cunha recrudesceram: “Ele não sabe agir na defensiva”. Ele utiliza uma estratégia totalmente diferente da adotada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Desde o início das investigações da Operação Lava Jato, o senador evita dar declarações sobre o assunto. Quando questionado, Renan sempre indica seus assessores ou advogados para responder.
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