Por Fernando Taquari – Valor Econômico
SÃO PAULO - Fortalecido com a vitória de correligionários e aliados no Estado de São Paulo, o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), disse ontem que as eleições municipais marcam uma "virada de página" no país. O tucano, no entanto, procurou dissociar o resultado das urnas com a corrida presidencial de 2018 ao considerar o debate prematuro.
"O que nós vimos foi uma virada de página. Acho que a resposta da população foi muito forte, dizendo 'olha, esses governos petistas levaram o país a uma recessão brutal, com 12 milhões de desempregados, uma grande crise ética e um descontrole na questão fiscal'", afirmou Alckmin, pré-candidato ao Palácio do Planalto.
Durante agenda em Jaguariúna, na região de Campinas, o governador evitou estabelecer comparações entre o desempenho eleitoral de seus aliados nesta eleição com o resultado obtido em Minas Gerais por grupos ligados ao senador Aécio Neves (MG), outro nome dentro do PSDB cotado para concorrer a presidente daqui a dois anos.
Mesmo com apoio de Aécio, o deputado estadual João Leite (PSDB) foi derrotada na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte. "Entendo que querer relacionar a eleição municipal a uma candidatura federal é muito precipitado. O futuro a Deus pertence. O grande recado das urnas é o Brasil que tem pressa", acrescentou Alckmin.
O PSDB será o partido com o maior número de prefeituras no Estado. Além da capital paulista, os tucanos vão administrar 164 municípios a partir de 2017, mais do que dobro do segundo colocado, o PMDB, que venceu em 81 municípios. Partidos da base aliada do governador, como o PSB, também venceram em grandes colégios eleitorais, como Guarulhos e Campinas.
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