• Governador de Goiás diz que avalia disputar indicação com Aécio e Alckmin
Maria Lima - O Globo
-BRASÍLIA- Em meio ao acirramento da disputa entre o presidente do PSDB, Aécio Neves, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pelo direito de ser o candidato tucano à Presidência em 2018, o governador de Goiás, Marconi Perillo, deixou claro ontem que também quer ser incluído nessa lista. Em conversa com O GLOBO, Perillo defendeu que seja deflagrada a discussão para a instituição das prévias previstas no estatuto do partido.
O governador de Goiás sustenta que o assunto comece a ser amadurecido nos debates para escolha dos novos líderes na Câmara e Senado, marcada para o fim deste ano, e prossiga durante a escolha do candidato a presidir a Câmara e na eleição da nova Executiva do partido, ano que vem. Aécio e Alckmin também já defenderam publicamente a realização de prévias para 2018.
— Pode ser que, na eleição de 2018, dada a expectativa concreta de vitória do PSDB, mais quadros queiram colocar seus nomes para a disputa da candidatura. Já temos ótimos quadros, com muita experiência, o governador Geraldo Alckmin, o Aécio, o José Serra. Já falaram no senador Tasso Jereissatti e outros. E, se tiver prévias, vou avaliar colocar meu nome — disse Perillo.
A oficialização do instrumento das prévias, com regras claras, diz Perillo, pode acontecer depois em uma reunião da Executiva Nacional. Ao contrário dos outros anos, quando o candidato do PSDB foi escolhido por consenso, Perillo avalia que as prévias são o caminho mais indicado desta vez.
ELEIÇÃO DA EXECUTIVA NACIONAL
O governador disse que o PSDB já testou o instrumento das prévias, de forma efetiva, para escolher os candidatos a prefeito de São Paulo e a prefeito em Goiânia.
— O PSDB nunca precisou disso para escolher seus candidatos a presidente, sempre escolheu unido. Mas acho que chegou a hora de, efetivamente, usar esse instrumento legítimo, moderno, usado nas democracias avançadas, para escolher o candidato ao Planalto em 2018. Cada um vai apresentar seu projeto para o Brasil e a sociedade, vai mobilizar os filiados, oxigenar as instâncias partidárias — defendeu Marconi.
Apesar de propor que se inicie logo o debate sobre as prévias, o governador tucano avalia que isso só começará para valer no início do ano que vem, ainda na gestão de Aécio Neves à frente do partido. Perillo também defenderá a redução do número de integrantes da Executiva nacional.
— A Executiva é muito grande. Se ficar menor, vai funcionar melhor, com mais agilidade — defendeu.
A nova Executiva do partido será, a princípio, escolhida em maio. Existe, no entanto, uma brecha para que haja um pedido de adiamento da eleição por mais um ano, o que deixaria Aécio no comando do partido. Isso ocorreu com alguns antecessores de Aécio, mas hoje, provavelmente, abriria uma crise com Alckmin.
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