Para cientista político, número de elevados de citados na Lava Jato pode também ‘zerar’ jogo eleitoral
Alberto Bombig e Marianna Holanda | O Estado de S.Paulo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ainda desponta no PSDB como o nome favorito para a Presidência. A avaliação é de que, apesar do fortalecimento do prefeito da capital paulista, o também tucano João Doria, as acusações dos delatores da Odebrecht contra Alckmin não são capazes de afetar sua reputação. Alckmin é acusado de receber caixa 2 nas campanhas em 2010 e 2014. Ele nega.
Outras figuras atingidas pela Lava Jato mantêm chances, segundo os analistas. “Aos olhos dos políticos, se todo mundo estiver implicado, o jogo estará zerado porque ninguém terá o monopólio do capital ético”, disse o cientista político Rafael Cortez. Para ele, o que pode mudar o jogo são eventuais novidades fora da polarização PSDB e PT.
Na direita do espectro, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) nacionalizou suas pautas. “Acredito que ele pode se fortalecer nessa lacuna deixada por lideranças, uma vez que a descrença nos políticos alimenta um discurso mais ordeiro e radical”, afirmou Marco Antônio Teixeira.
À esquerda, o PSOL pode arrematar votos como um dos poucos partidos não atingidos pela Lava Jato. O deputado federal Chico Alencar (RJ) ou o deputado estadual Marcelo Freixo (RJ) podem se destacar em 2018, mas com uma distante possibilidade de 2.º turno.
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