Marcelo Ribeiro | Valor Econômico
BRASÍLIA - A 12 dias da análise da denúncia por corrupção passiva da Procuradoria-geral da República (PGR) no plenário da Câmara dos Deputados, o presidente Michel Temer apostará suas fichas nos dissidentes do PSDB.
O pemedebista deve colocar em prática nos próximos dias uma investida sobre os parlamentares tucanos que demonstram resistência em votar contra o governo federal.
Temer decidiu atribuir a responsabilidade pela investida aos tucanos dissidentes a três dos quatro ministros do PSDB: Antônio Imbassahy (Secretaria do Governo), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades). Está fora do esforço a Luizlinda Valois, de Direitos Humanos.
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, também estará na linha de frente das negociações para garantir que os dissidentes tucanos votem contra a denúncia.
O grupo do PSDB que seria alvo das investidas do Planalto poderia chegar a 20 dos 46 deputados do partido.
Ao Valor PRO, assessores do Palácio do Planalto afirmaram que a decisão de fazer uma investida cautelosa em relação aos tucanos tem como objetivo evitar que os parlamentares do PSDB que votarão pela admissibilidade da denúncia engrossem o coro para que a legenda desembarque da base governista.
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