- Coluna do Estadão
O Planalto traçou uma estratégia para conseguir colocar o quórum de 342 deputados no plenário da Câmara, no dia 2 de agosto, para liquidar a votação da denúncia contra Michel Temer. Para garantir presença de três quintos dos parlamentares, o presidente escalou seus ministros para convencerem os dissidentes de cada bancada a registrarem presença. Ou seja: não precisam votar a favor de Temer, mas precisam dar quórum para que a votação possa ocorrer. O Planalto considera ter hoje cerca de 250 votos para derrubar a denúncia da PGR.
Meu lema. O Planalto vai continuar com a retórica de que caberá a oposição colocar 342 votos, mas, nos bastidores, a mobilização forte já está traçada para garantir o número de presentes.
Convictos. A aliados, Michel Temer diz ter a promessa do governador Paulo Câmara (PE) de garantir a presença de deputados da ala rebelde do PSB. E afinaram o discurso: ninguém precisa mudar o voto. Basta estar lá.
Não baixa a guarda. O Planalto quer transparecer que não está preocupado com o placar da votação, mas sabe que quanto maior a diferença, melhor será o enfrentamento de uma segunda denúncia.
Virando o disco. Batendo na tecla de que a comunicação do governo não consegue capitalizar as agendas positivas propostas, Temer sugeriu a aliados fazer uma pauta específica para divulgar as ações do Nordeste.
Lado B. Temer tem consciência de que no Nordeste reside seu maior índice de resistência política.
Me curte. Novo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão é superconectado nas redes sociais. No Facebook, já curtiu as páginas de Lula, do procurador Deltan Dallagnol, do ex-ministro Marcelo Calero. Só ainda não curtiu a página do novo patrão: Michel Temer.
Pindaíba. O presidente da Comissão de Cultura da Câmara, Thiago Peixoto (PSD-GO), aprovou a escolha de um não político para comandar a Cultura. Mas lembrou que a pasta “segue sem ter um centavo para investimentos”.
Profetas. Analistas do mercado avaliam que se o Banco Central tivesse sido menos cauteloso na velocidade da redução dos juros, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não precisaria estar anunciando aumento de impostos porque a economia e a arrecadação já teriam melhorado.
Palanque. Depois da derrota nas eleições do ano passado, petistas comemoram o fato de o governo ter dado ao partido um discurso para usar na próxima campanha com a votação das reformas e, agora, com o aumento de impostos.
CLICK. Sem confiar no sucesso da discussão com o governo, presidentes de centrais sindicais mandaram representantes para reunião com Michel Temer no Planalto.
Bateu… O prefeito de São Paulo, João Doria, ficou irritado com a fala de Lula, ontem, dizendo que ele “era um nada”.
…levou. Doria reagiu duramente. “Prefiro ser nada do que ser ladrão. E o nada ganhou do Fernando Haddad no primeiro turno”.
Cardápio. João Doria almoça hoje com o presidente do BNDES, Paulo Rabello Castro. Vão falar de projetos de recuperação urbana e reforma de prédios históricos na área central.
PRONTO, FALEI!
“Comunismo é para os outros. Para o Lula, o importante é ter previdência privada”, DEPUTADO SÓSTENES CAVALCANTE (DEM-RJ) sobre o bloqueio pela Justiça de R$ 9 milhões de Lula na Brasilprev.
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