Cristiane Jungblut | O Globo
BRASÍLIA - Líderes de diferentes partidos reagiram às críticas do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à criação do Fundo Eleitoral Público, com R$ 3,6 bilhões. O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), disse que Maia está querendo “jogar para a plateia”. Segundo o petista, sem o financiamento público, apenas os candidatos com alto poder aquisitivo terão condições de concorrer em 2018
— O Rodrigo está querendo jogar para a plateia, para a torcida. Reduzir o valor do fundo significaria beneficiar os mais ricos, que poderão contar com autofinanciamento e doações individuais. Como ele é do DEM, faz sentido dizer isso — ironizou.
Zarattini lembrou que os R$ 3,6 bilhões representam pouco mais da metade dos gastos da eleição de 2014, que hoje somariam R$ 7 bilhões. Vice-líder do PTB e integrante da comissão de reforma política, a deputada Cristiane Brasil (RJ) defendeu o Fundo Eleitoral, já que não há mais financiamento de empresas:
— Se o Rodrigo (Maia) acha que o Fundo Eleitoral está muito alto, tem que discutir com a Justiça Eleitoral.
O líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA), disse que o Fundo é necessário, mas admitiu que há reação na opinião pública.
— Qualquer valor será criticado — afirmou.
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