Líder do governo no Senado afirma que PMDB não assedia ninguém, mas é procurado por ser ‘uma marca muito forte’
Adriana Ferraz e Marcelo de Moraes | O Estado de S.Paulo
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta quinta-feira, 21, que o PMDB não tem assediado outros parlamentares e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está “mal informado”. Segundo Jucá, o partido – ou o MDB, nome da sigla a partir de 4 de outubro – é que está sendo procurado porque é “uma marca muito forte”.
“Não estamos assediando ninguém, ao contrário. Mas a marca MDB, toda a sua história, todo o trabalho que estamos fazendo de fortalecimento, reconstrução do partido, com muitos companheiros, é uma marca muito forte que atrai muita gente”, disse o senador em entrevista à TV Estadão. “O Rodrigo Maia está mal informado.”
Para Jucá, que é presidente do PMDB, “com o o fim das coligações se consumando”, deputados de partidos pequenos devem buscar abrigo em legendas maiores. “Vão procurar outros partidos, o PSDB, o PSB...”
O plenário da Câmara adiou de 2018 para 2020 a entrada em vigor do fim das coligações para as eleições de deputados e vereadores. O texto inicial, relatado pela deputada Shéridan (PSDB-RR), previa a medida já para as próximas eleições. Os deputados, no entanto, fizeram um acordo e aprovaram um destaque do PPS para que a medida comece a valer depois.
Jucá também comentou a tramitação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara após a decisão do Supremo Tribunal Federal, que negou o pedido da defesa de suspensão da acusação formal. De acordo com o senador, Temer e a coordenação política do governo têm consciência “da inépcia da denúncia”.
Comunicação. Para Jucá, a culpa da impopularidade recorde do presidente é a comunicação do governo. “Quando a nova lei trabalhista começar a valer no dia 11 de novembro, o nível de emprego vai aumentar ainda mais. Temos resultado para mostrar. A impopularidade do presidente se dá pela falta de boa comunicação do governo, a gente reconhece isso. Depois, pela distorção do processo de debate e deste tipo de acusação”, afirmou.
O senador peemedebista afirmou ainda que “há uma espécie de onda contra” o presidente. “Mas a situação econômica estará muito melhor para o ano e o reconhecimento do governo Michel virá ao final do governo Michel e não durante o processo de votação.”
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