BRASÍLIA - O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), defendeu nesta quarta-feira (1º) um desembarque "educado e normal" do governo Michel Temer.
Perillo esteve em Brasília onde oficializou ao presidente interino do partido, senador Tasso Jereissarti (CE), que disputará o comando do PSDB em dezembro.
Ele disse que os tucanos já contribuíram com o governo e que é chegada a hora de pensar nas eleições de 2018.
"O PSDB pode tranquilamente apoiar as reformas, as medidas a favor do Brasil sem necessariamente estar no governo. O partido já deu sua contribuição, o PSDB ajudou no impeachment [da presidente Dilma Rousseff]. Não se furtou a colaborar num primeiro momento, mas chegou a hora que tem que se dedicar à questão presidencial, ao programa partidário", disse.
O governador não deu data para que isso ocorra, mas disse que o desembarque será "natural" para que os ministros passem a cuidar de suas candidaturas para 2018. Questionado sobre um prazo, ele defendeu que isso ocorra "o quanto antes".
A sigla ocupa atualmente quatro pastas na Esplanada: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Luislinda Valois (Direitos Humanos), Bruno Araújo (Cidades), Aloysio Nunes (Relações Exteriores).
Governo Temer
Ao defender um discurso de "união do PSDB" ao lado de Tasso, Marconi disse que o partido tem chances de vencer a disputa pela presidência em 2018.
"Temos todas as condições de vitória. Precisaremos convencer os eleitores de que temos as melhores opções", declarou.
Embora fosse esperado o anúncio da candidatura de Tasso para seguir na presidência do PSDB, o senador disse que vai passar os próximos dias em conversas.
Ao deixaram a reunião, que ocorreu no Senado, os dois disseram que ambos buscam unir o partido, que está rachado diante de divergências sobre o apoio ao governo de Michel Temer.
Os tucanos marcaram um novo encontro para a próxima semana, durante o qual promete ouvir as bancadas tucanas da Câmara e do Senado.
A conversa desta quarta ocorre um dia depois de a contratação de uma agência de comunicação por Tasso ter irritado uma ala de deputados do PSDB.
Incomodou alguns parlamentares o fato de ter sido escolhido um mesmo profissional que já atuou na campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), que derrotou um candidato tucano no Estado.
Uma conversa de Tasso com deputados foi marcada por troca de ofensas, como revelou o Painel na terça-feira (31). O tema foi objeto de uma reunião nesta quarta de Tasso com o presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves (MG). De acordo com participantes, a conversa "acalmou os ânimos" dentro do partido.
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