terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Painel/Folha de S. Paulo: A pedido de Temer, ministros liberam mais verba para emendas na tentativa de aprovar Previdência

Os três mosqueteiros Michel Temer colocou nas mãos dos ministros Ricardo Barros (Saúde), Alexandre Baldy (Cidades) e Helder Barbalho (Integração Nacional) uma última cartada para tentar aprovar a reforma da Previdência. O presidente pediu que os três façam uma readequação nos orçamentos de suas pastas para abrir um espaço de R$ 3,6 bilhões em recursos a serem negociados com a base aliada na Câmara. Disse ter pressa e avisou que gostaria de ver as mudanças equacionadas até esta terça (12).

Junto e misturado A cota extra de recursos abrirá espaço para emendas que serão pagas no início do ano que vem. O Orçamento de 2018 será votado na mesma semana em que o governo tentará aprovar as novas regras de aposentadoria: a do dia 18.

Missão impossível Nas contas de integrantes da base aliada o governo tem hoje entre 270 e 280 votos a favor da nova Previdência. Toda a pressão está voltada para o PSD, o PSDB e o PR.

Quem dá mais? O ministro Gilberto Kassab, do PSD, disse a Temer que conseguiria entregar 25 dos 38 votos. O Planalto quer 30 e pressiona a sigla a fechar questão.

Sincericídio Presidente do Solidariedade e sindicalista, Paulinho da Força (SP) conta ter dito ao presidente que ele está sendo enganado. “Eles dizem que têm os votos, mas é mentira. Na minha bancada ele tem dois votos –e um ainda viajou.”

Primeiro passo Embora a reforma da Previdência seja motivo de divergência no PSDB, Geraldo Alckmin disse a tucanos que está disposto a fechar questão ainda esta semana. A avaliação de aliados do governador é a de que o gesto marcaria sua estreia na presidência do partido.

Voz do povo Na volta de sua caminhada matinal, o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) resolveu fazer uma consulta sobre a reforma. “Everaldo, como você acha que devo votar na Previdência?”, indagou ao porteiro de seu edifício. “Se não for mudar nada para mim, vote à vontade!”

Limites Procuradores vão ler com muita atenção o texto que será apresentado pelo relator da CPI da JBS, o ainda deputado Carlos Marun (PMDB-MS), nesta terça (12). Dizem que a CPI não tem poder para indiciar autoridades com foro –caso de Rodrigo Janot–, como o peemedebista indica que deve fazer.

Nossos juízes Presidente da ANPR, José Robalinho Cavalcanti lembra que, ao final da CPI da Funai, o relator Nilson Leitão (PSDB-MT) apontou desvios de procuradores e enviou o relatório ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). O colegiado arquivou o caso.

Tô chegando Marun está na contagem regressiva para assumir o ministério que faz a articulação política do Planalto. Deve tomar posse na quinta (14), mas já começou a transição. Nesta segunda (11), teve longa conversa com o atual titular da pasta, Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

Sem consenso Diante das divergências sobre eventual apoio à candidatura presidencial de Lula (PT), a Frente Brasil Popular elaborou um documento no fim de semana no qual diz que “um projeto nacional não se constrói com hegemonia”.

Minha régua O texto defende o direito do petista de ser candidato, mas não oferece o suporte da frente. O grupo –formado por nomes do PT, PC do B e MST– vai elaborar um programa que servirá de parâmetro para definir quem terá seu endosso.

Para depois O PT paulista continua sem definir quem vai representar a sigla nas eleições majoritárias. Por pressão da CNB, a sigla teve que adiar a decisão para abril.

Retrato fiel Estudo que a Confederação Nacional dos Municípios vai apresentar ao TCU e ao MEC aponta 476 creches inacabadas e 441 com obras paralisadas no país.

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