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De onde veio o dinheiro?
Quem pagou a viagem de cada um dos 9 governadores do Norte e Nordeste que faltaram, ontem, ao expediente de trabalho para ir a Curitiba hipotecar solidariedade a Lula?
Por baixo, uma ida e volta de jatinho entre o Rio e São Paulo não custa menos de R$ 20 mil. Quanto não custou a Flávio Dino (PC do B) o voo São Luís-Curitiba-São Luís?
E a Tião Viana (PT) o voo Rio Branco-Curitiba-Rio Branco? E a Fernando Pimentel (PT), que governa um Estado quebrado, o voo Belo-Horizonte-Curitiba-Belo Horizonte?
A cada um deles, pessoalmente, nada deve ter custado. Se custou, cadê as faturas?
Quantas vezes esses governadores, nos últimos quatro anos de mandato, visitaram os presídios dos seus Estados? O da Bahia, Rui Costa (PT), por exemplo, vez alguma. E o de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB)?
Pior: foi uma viagem inútil porque não conseguiram visitar Lula. Se antes tivessem consultado a Polícia Federal sobre a oportunidade da visita, saberiam que ela não seria autorizada pelo juiz Sérgio Moro.
Lula não é um preso político por mais que se apresente como tal, e que o PT o apresente assim. É um preso comum, sujeito às regras que ditam a vida dos demais presos comuns.
Por deferência ao cargo que ocupou, deram-lhe uma cela exclusiva, mais ampla que as demais, com um aparelho de televisão que nenhuma outra cela tem, com direito a tomar água gelada e a se exercitar em uma espécie de academia montada só para ele.
Mas a superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ele está detido, não pode ser transformada em uma espécie de tenda dos milagres para políticos à caça de votos do PT e de atenção da mídia.
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