Por Vandson Lima | Valor Econômico
BRASÍLIA - Em uma ofensiva para tentar engordar o número de aliados em torno da desejada coalizão "de centro", o pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, e o articulador político de sua campanha, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo, estiveram em Brasília ontem e se reuniram com os presidentes do DEM, PRB, PTB PP, PSD e Pros.
As duas primeiras siglas têm postulantes próprios ao Palácio do Planalto (Rodrigo Maia e Flávio Rocha). Mas com os baixos percentuais de intenção de votos colhidos em pesquisas, já consideram alternativas. Antes dos encontros com os tucanos, estiveram na noite anterior em um jantar com Ciro Gomes (PDT).
"É um processo de aproximações sucessivas", desconversou Alckmin, questionado sobre o flerte do centrão com diferentes candidatos ao mesmo tempo. O presidenciável tomou café com o presidente do DEM, ACM Neto, o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho, e o deputado Rodrigo Garcia. A eles, Alckmin assegurou que tem viabilidade eleitoral e estará no segundo turno.
À tarde, o pré-candidato visitou Roberto Jefferson, que comanda o PTB, e recebeu na sede tucana o presidente do PRB, Marcos Pereira, de quem recebeu convite para comparecer, nas próximas semanas, a um jantar com o centrão, nos mesmos moldes do oferecido a Ciro Gomes. O grupo quer definir seu rumo na eleição até o dia 15 de julho.
Em outra frente, Perillo se encontrou com o senador Ciro Nogueira (PI), que preside o PP; o ministro das Comunicações Gilberto Kassab, presidente do PSD; e também esteve com Pereira e com Eurípedes Júnior, do Pros. "Estamos construindo uma aliança pela governabilidade. Não adianta só ganhar, mais importante é governar. O que se espera do próximo presidente é gigantesco", avaliou o articulador tucano.
Neste momento, as conversas do PSDB são consideradas adiantadas com PPS, PV e os já citados PSD e PTB. O alvo principal, contudo, é o DEM, que traria boa parte das siglas do centrão consigo, por influencia do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Em meio à agenda intensa, Alckmin concedeu entrevista ao Portal Metrópoles e afirmou que, se eleito, vai avaliar a continuidade ou não de todos os incentivos fiscais concedidos pelo governo federal, que somam cerca de R$ 283 bilhões atualmente. "Vou rever incentivos. Temos quase R$ 300 bilhões, tem incentivo até para salmão. Não dá. Vamos passar um pente-fino nisso", disse.
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