Pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin tem melhores resultados nas pesquisas entre eleitores ricos, que ganham mais de dez salários mínimos, e moradores do Sudeste, onde o seu partido tem mais força política
Universo Alckmin
- O Globo
-RIO, SÃO PAULO, BELO HORIZONTE, NATAL E PORTO ALEGRE- Estagnado com 7% das intenções de voto para presidente e com dificuldade de costurar alianças, Geraldo Alckmin (PSDB) é um dos poucos pré-candidatos ao Planalto que têm desempenho homogêneo entre diferentes faixas etárias e de renda nas pesquisas do Datafolha.
Ainda assim, a parte mais significativa do eleitorado do ex-governador de São Paulo está concentrada nas camadas mais ricas da população, que têm renda igual ou acima de dez salários mínimos.
Nesse universo da população que vai às urnas em outubro, o tucano tinha 10% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha, divulgada em junho. Geraldo Alckmin também se destaca na Região Sudeste, onde chega a alcançar 11% da preferência — reflexo claro do eleitorado de São Paulo e Minas Gerais, estados em que o PSDB tem histórico de boas votações.
O advogado carioca Roberto Gonçalves, de 40 anos, está no grupo que registra mais apoio ao tucano. Para ele, Alckmin tem perfil moderado, e isso seria o ideal para o momento político do país.
— Eu votei nele em 2006, e o Alckmin me parece a opção mais ponderada para este ano também. Temos candidatos muitos extremados, dos dois lados — analisa o advogado.
A funcionária pública de Minas Gerais Adriana Carvalho, de 45 anos, acredita que Geraldo Alckmin reúne integridade e experiência, atributos fundamentais para um presidente.
— Ele sempre mantém a responsabilidade fiscal — afirma Adriana.
Contra Alckmin, no entanto, ainda pesa uma alta taxa de rejeição entre os eleitores. O índice negativo do candidato alcançou 25% na última pesquisa — ou seja, um quarto dos eleitores não votariam nele de modo algum. Apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os pré-candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Collor (PTC) têm índices piores que Alckmin.
Luciano Ferreira*, Tiago Aguiar*, Aura Mazda**, Fábio Corrêa** e Patrícia Comunello** opais@oglobo.com.br
(*Estagiários sob supervisão de Flávio Tabak e Leandro Loyola. **Especial para O GLOBO)
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