terça-feira, 10 de julho de 2018

Entrevista: Fernando Henrique Cardoso

Lydia Medeiros | O Globo

• O senhor prega a união dos partidos democráticos de centro já no primeiro turno para evitar o que chamou de “catástrofe”. A que atribui a dificuldade de diálogo?

– Atribuo à natural expectativa de que os candidatos melhor situados nas pesquisas, assim como os partidos melhor estruturados, acham que têm chances de vitória.

• O senhor já disse que, no Brasil, “no fundo, disputamos quem é que comanda o atraso. O risco é quando o atraso se comanda”. É o que está em jogo também nessas eleições?

– A situação é essa, e mais desafiadora ainda: estamos definindo as possibilidades do Brasil na próxima década, especialmente quanto ao crescimento econômico, sem o qual se torna dificílimo redistribuir a renda.

• Acha que o quadro de rejeição ao voto, verificado em Tocantins, por exemplo, vai se manter em outubro?

-Algo do que ocorreu em Tocantins pode se repetir, mas, no caso nacional, os partidos organizados e as mensagens dos líderes têm maior possibilidade de evitar o repúdio geral à política e aos políticos.

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