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O que pode acontecer
Levantamento realizado pela empresa de consultoria política Arko Advice, tendo como base todas as pesquisas de intenção de voto para presidente da República realizadas desde janeiro pelos institutos Datafolha, Ibope, MDA, Paraná Pesquisas, Vox Populi, DataPoder 360 e Ipespe, aponta que houve poucas alterações no cenário eleitoral durante o primeiro semestre do ano.
Sem Lula (PT), Jair Bolsonaro (PSL) lidera com cerca de 20% das intenções de voto. Trata-se de um percentual significativo para a largada, observa o levantamento. Ocorre que Bolsonaro não agrega novos eleitores desde janeiro. Nem atrai apoio de outros partidos.
Chama a atenção a proximidade dos índices de Marina Silva (REDE), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), candidatos que, em função da média da margem de erro das pesquisas (em torno de 2,5 a 3,0 pontos percentuais), estão tecnicamente empatados em segundo lugar.
Um pouco atrás, mas só um pouco, está Álvaro Dias (Podemos), que, no limite da margem de erro, empata com Ciro e Alckmin. Uma incógnita cerca o desempenho de Fernando Haddad (PT). Na média das pesquisas ele aparece, hoje, com cerca de 2% das intenções de voto. Mas nas sondagens do Ipespe que o põem ao lado do nome de Lula, a intenção de voto em Haddad sobe para cerca de 11%.
Quer dizer: o ex-prefeito de São Paulo tem sido subavaliado nas sondagens até aqui. Ele tem espaço para crescer e alcançar Marina, Ciro, Alckmin e Álvaro. A candidatura de Henrique Meirelles (PMDB) não deslancha. Há seis meses se mantém com menos de 2% das intenções de voto. Também ainda há muita gente “sem candidato”, uma vez que cerca de um terço do eleitorado se diz indecisa ou disposta a votar branco ou nulo.
A sucessão de Michel Temer continuará imprevisível pelo menos até que acabe a Copa do Mundo na Rússia e comece no final de agosto o horário de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Segundo o estudo da Arko Advice, o mais provável é que o segundo turno da eleição reúna um representante da esquerda/centro-esquerda (Marina, Ciro ou Haddad) e outro da centro/centro-direita (Alckmin, Álvaro Dias ou Bolsonaro). A ver.
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