Por André Guilherme Vieira | Valor Econômico
SÃO PAULO - O ex-governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, confirmou ontem que a sigla irá realizar um congresso em março do próximo ano para discutir os rumos da legenda. Ele negou, contudo, que o partido tenha dado uma guinada à direita, com a eleição de João Doria para governador do Estado. Doria tem afirmado que, agora, o PSDB "tem lado".
Alckmin foi governador do Estado até abril e disputou a presidência da República no mês passado, terminando em quarto lugar, com 5% dos votos.
"Não tem guinada à direita. O PSDB é um partido de centro. É importante para o Brasil ter partidos longe dos extremos, seja extrema direita, seja esquerda. É importante para o país ter um centro crítico, reformista, moderno, liberal na economia. Esse é o bom caminho".
Segundo Alckmin, o congresso do PSDB em março "será para rediscutir programas, propostas, temas, estatuto". O mandato do ex-governador como dirigente partidário se encerra em maio. Ele estava sendo pressionado pelos governadores eleitos da sigla para abreviar sua gestão. O mês do Congresso será o mesmo em que a sigla renova suas direções no âmbito municipal. Em abril, acontecerá a renovação estadual.
Alckmin desconversou quando questionado sobre o fato de Doria ter ascendido à posição de principal liderança do PSDB. "Todos os governadores eleitos são lideranças importantes. Isso é natural e participarão do processo". Ele e o governador eleito almoçaram juntos na semana passada, depois de Doria articular-se com o governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja.
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