Painel | Folha de S. Paulo
Interdependentes Os primeiros sinais emitidos por Lula alarmaram políticos de centro, confirmando os temores de que o petista apostaria no embate direto com Jair Bolsonaro, reacendendo a polarização. Esse grupo entende que, ao mencionar os protestos no Chile e convocar a esquerda a voltar às ruas, o ex-presidente abriu caminho para a reaglutinação da direita, com o antipetismo superando a rejeição aos erros e excessos do governo e reduzindo o espaço de discursos não radicais.
Futebol sem bola “O radicalismo se retroalimenta. Ou o centro toma coragem e reage, ou o Brasil vai sofrer mais do que poderia imaginar”, diz Aécio Neves (PSDB-MG), citado pelo ex-presidente no discurso deste sábado (9).
Deixa estar Alguns dos aliados mais próximos de Lula reconhecem que ele poderia ter usado um tom mais moderado e ensaiam uma conversa sobre o assunto. A expectativa é a de que, tão logo consiga digerir a saída da prisão, o petista acomode seu discurso.
Pisando em ovos Esse grupo diz que, com processos criminais em curso e à espera do julgamento no Supremo da ação sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, não dá para apostar só no radicalismo.
De volta Embora tenha dito de início que pretendia passar uma semana com a família antes de mergulhar nas conversas políticas, o ex-presidente marcou encontros para esta semana. Ele voltará a despachar do Instituto Lula.
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