Coluna do Estadão | Estado de S. Paulo
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A despeito da agudização provocada pela saída de Lula do cárcere, nem todas as lideranças de centro dão como líquida e certa a manutenção do império da polarização em eleições vindouras. Um bom termômetro foram as apenas singelas manifestações de rua contra e a favor do petista no dia do julgamento.
“O cenário das redes sociais não está sendo uma cópia fiel da vida real. Minha impressão é de que PT e governo (Bolsonaro) vão se equilibrando no ombro um do outro, mas as coisas estão acalmando”, diz o ex-governador Paulo Hartung.
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Hartung, exgovernador do Espírito Santo, atua hoje como um dos principais articuladores do centro, além de ser forte amigo de Luciano Huck.
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Ele tem se aproximado de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e é quem está ajudando a consolidar a reforma social, proposta pelo presidente da Câmara.
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Para Hartung, mesmo com Lula radicalizando o discurso, será crescente na sociedade a parcela dos insatisfeitos que, na eleição de 2018, optaram pelo voto útil.
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Em São Paulo, os tucanos não estão tão otimistas no curto prazo. Avaliam que a volta de Lula ao ringue diário do debate público favorece, além dos nomes do PT, os candidatos a prefeito à direita de Bruno Covas (PSDB).
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Quem esfrega as mãos com a soltura de Lula é Joice Hasselmann (PSL), dona de um histórico de embates com o PT. O mesmo não se pode dizer do apresentar José Luiz Datena, que já viveu em lua de mel com o ex-presidente.
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