quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Poesia | Graziela Melo -A carta triste

Era uma
Triste
Carta
As linhas
Choravam
Mágoa
As letras
Pingos de dor
A cada vírgula
Saudade
E sofrimentos
De amor...

A cada ponto
Um desaponto,
Em cada canto
Um desencanto

E quanto
Pranto!
Que desalento
Que sofrimento
Seria maior?

A carta triste
Nem foi
Descoberta
Sem letra
Certa
Sem porta
Aberta
Perdeu-se
No asfalto
Na rua
Deserta...

A carta
Se foi
Perdida
Dos homens
Na noite
Sem luz
Na rua
Sem gente
Como
Semente
Que não
Reproduz.

A carta
Da dor
E do sofrimento
Por um momento
Seguiu
No tempo
No instante
Infinito
Da madrugada.

Surgiu
Do nada
Ao nada
Se foi.

Quando?
Não sei
Pois quando
A encontrei
Já se
Desfolhava.

E o vento
A soprava
Com todo
Furor.
A carta
Triste,
Tristemente
Contava
A sombria
História
Que a vida
Levou...

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