O
partido Cidadania é forte no interior do Rio de Janeiro. Na capital, a legenda
optou por apoiar Eduardo Paes, do DEM, à prefeitura. Tudo parecia estar indo
bem quando tornou-se pública a nomeação de Comte Bittencourt como novo
secretário de Educação do Governo do Estado. Lembre-se que Comte foi vice de
Paes na chapa derrotada, em 2018, por Wilson Witzel e Cláudio Castro. O aceite
do professor provocou um verdadeiro barata voa dentro do seu próprio partido.
Os correligionários não gostaram. E falaram que a própria família de Comte
teria sido contra a nomeação dele num cargo considerado de alto risco neste
momento.
Esta semana que começa seria de festa com a adesão à legenda do deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha, que já se desligou do PSDB. Mas, na verdade, ocorreram mudanças nos planos e o parlamentar optou por só bater o martelo depois das eleições de novembro. "Cumpri rigorosamente o processo de fidelização partidiária. Penso ser bem mais razoável esperar o término das eleições deste ano. Todos sabem que sou um deputado de oposição. Por isso, junto com a deputada Lucinha, eu pedi o impeachment do governador Witzel". Sobre a ida de Comte para o governo, elegante, Luiz Paulo preferiu não comentar.
Embora ele, já há muito tempo, considera mais prudente quem se elege para o legislativo não aceitar cargos no executivo para manter a isenção da função de fiscalização dos poderes. "Quando se sai do governo, a fiscalização torna-se branda. E, se for demitido, a fiscalização passa a ser raivosa", costuma dizer.
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