O Estado de S. Paulo
Se houver fibra para ocupar o lugar de Bolsonaro, campo derrotado pode formar novas lideranças
As declarações de Romeu
Zema de que Jair
Bolsonaro perdeu para si mesmo e de Ratinho Jr. de
que uma centro-direita pode ocupar esse espaço, além da resistência de Tarcísio de
Freitas a nomear bolsonaristas, condizem com o comentário que
fiz três semanas antes da eleição: “Até 2026, haverá tempo para formação de
novas lideranças no campo perdedor, se houver fibra para ocupar o lugar do
populista derrotado. A derrota vai abrir a melhor oportunidade de saneamento. A
vitória vai legitimar a pilantragem”.
A promiscuidade entre autoridades públicas
e empresários foi revivida por Lula já na transição, ao voar para o Egito no jatinho do
fundador da Qualicorp e dono da QSaúde, José Seripieri Jr., e almoçar em
Portugal com ele, Fernando
Haddad e Gilmar Mendes,
um dos responsáveis pela impunidade do presidente eleito.
Antes, o ministro do STF havia suspendido a tramitação de um inquérito que apura repasses da Odebrecht à campanha de 2010 de seu amigo Aécio Neves, bem como a operação da Polícia Federal que apurava esquema de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro na Fundação Getúlio Vargas, defendida por seu amigo Rodrigo Mudrovitsch.
Com isso, Gilmar voltou a ser criticado até
por bolsonaristas, que se calaram, claro, quando o ministro ajudou a arquivar
notícia-crime que pedia abertura de investigação de Jair Bolsonaro devido aos cheques
depositados por Fabrício Queiroz na conta de Michelle e, também, a conceder um foro privilegiado
retroativo, de deputado estadual, ao senador Flávio
Bolsonaro.
Curiosamente, foi Gilmar quem retirou da
primeira instância e puxou para o Supremo, em 2020, a investigação sobre o
repasse de R$ 5 milhões em caixa dois para a campanha de 2014 do tucano José
Serra ao Senado, no âmbito da qual Seripieri havia sido preso
por três dias e acusado de ter sido “mentor intelectual” do esquema. Graças à
manobra, o empresário fechou acordo com a PGR e saiu livre, não sem antes negar
acusações de Antônio Palocci de que a Qualicorp se beneficiou da relação dele
com Lula pelas resoluções 195 e 196 da Agência Nacional de Saúde, chefiada por
petistas.
A julgar pelos relatos de Palocci, a
relação sempre foi de mão-dupla. Seripieri, segundo o ex-ministro, teria
bancado o financiamento da defesa de Rosemary Noronha na Operação Porto Seguro
e feito aportes no Instituto Lula, além de ter cedido um patrocínio milionário
à Touchdown, de Luís Cláudio Lula da Silva, e, sim, aeronaves.
Com Bolsonaro e Lula, o sistema venceu. Contra ele, a direita não pode ter rabo preso.
7 comentários:
Muito esclarecedor, perfeito.
Na minha terra tem uma expressão bem boa, que cabe como uma luva para se referir a gente como esse Felipe Moura Brasil: "BOSTA-RALA".
Liga não jornalista a baixaria esta solta. Mas dessa vez temos um vice que pertence a uma classe não é sujeita a
Inpeachment.
A terra desse anônimo a julgar por ele não vale nada , outro para pendurar no governo já que não trabalham e ficam esparramando as merdas que só uma pessoa igual a essa , loser, sabe produzir
Pura inveja - já sabemos qual a classe pertence, vagabundo à espera alguém para sustenta-lo já só produz merda.
Criatura mixuruca e invejosa eu já vi crianças assim.
Vc é bonitão, e pela sua inteligência vê-se que sua situação financeira está acima da média e isso atrai os invejosos que vivem as custas de partido igual parasitas.
Só por Deus.
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