O Globo
Celso Athayde, Mano Brown e Emicida já eram
referência para a favela muito antes da academia
Recentemente estive numa universidade para
testemunhar um momento histórico: o título de honoris causa concedido a meu irmão
Celso Athayde. Enquanto ele subia ao palco, passou um filme na minha cabeça.
Não era só sobre ele. Era sobre uma linhagem inteira, uma genealogia da rua, da
favela e da inteligência orgânica brasileira que, enfim, começa a ser
reconhecida pelas instituições formais.
Há algum tempo, Mano Brown recebeu honoris causa da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Depois, Emicida foi homenageado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Três homens, três trajetórias, três impactos profundos na cultura brasileira. E os três — cada qual numa etapa da minha vida — foram a base da minha formação como homem preto, favelado, politizado e orgânico.



















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