“É preciso destruir o preconceito, muito difundido, de que a filosofia é algo muito difícil pelo fato de ser a atividade intelectual própria de uma determinada categoria de cientistas especializados ou de filósofos profissionais e sistemáticos. É preciso, portanto, demonstrar preliminarmente que todos os homens são “filósofos”, definindo os limites e as características desta “filosofia espontânea”, peculiar a “todo o mundo”, isto é, da filosofia que está contida: 1) na própria linguagem, que é um conjunto de noções e de conceitos determinados e não, simplesmente, de palavras gramaticalmente vazias de conteúdo; 2) no senso comum e no bom senso; 3) na religião popular e, conseqüentemente em todo sistema de crenças, superstições, opiniões, modos de ver e de agir que se manifestam naquilo que geralmente se conhece por “folclore”. “
(Antonio Gramsci , “Cadernos do cárcere” volume 1, pág. 93 – Editora Civilização Brasileira, 4ª edição, Rio de Janeiro, 2006)
(Antonio Gramsci , “Cadernos do cárcere” volume 1, pág. 93 – Editora Civilização Brasileira, 4ª edição, Rio de Janeiro, 2006)
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