Julia Duailibi
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Tucano reage à tese de que PSDB quer ganhar o Senado ?no tapetão?
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz "coisas levianas" e "abusa das palavras". As declarações foram uma resposta a críticas do petista sobre a atuação dos tucanos na crise do Senado. Em viagem à Líbia, anteontem, Lula dissera que o PSDB tenta ganhar no "tapetão" ao apoiar o afastamento do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).
"O presidente, às vezes, abusa das palavras. Sabe que, se o presidente do Senado eventualmente renunciasse, haveria uma nova eleição", declarou FHC, ao chegar a seminário em São Paulo, em homenagem a sua mulher, Ruth Cardoso, que morreu no ano passado. "Eu lamento que o presidente diga coisas tão levianas", declarou FHC, para quem Lula, "quando está fora do Brasil, não presta atenção nas palavras". Anteontem, na Líbia, o presidente havia dito que o PSDB, junto com o DEM, trabalha para tirar Sarney do comando do Senado com o objetivo de preencher a vaga com o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), primeiro-vice-presidente da Casa.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que também foi ao evento em homenagem a Ruth, comentou a declaração de Lula. "O PSDB apoiou o candidato do PT no Senado, na eleição do Sarney." E completou: "Não vejo essa gula."
Tem sido frequente a troca de farpas entre Lula e FHC. Em maio, o tucano criticou declarações do petista sobre o escândalo do uso de passagens aéreas por deputados e o salário dos parlamentares. À época, Lula dissera que o caso era uma "hipocrisia". FHC rebateu dizendo ser mais "restritivo".
O ex-presidente não quis comentar a situação de Sarney, que tem sido pressionado a deixar o cargo após a eclosão do escândalo dos atos secretos, revelado pelo Estado. "Não quero opinar pelo Senado. Fui senador há muitos anos. Há 25 anos estou afastado. Apenas lamento o que está acontecendo lá. Porque é uma desagregação muito grande, de uma instituição importante."
FHC também afirmou ser "só presidente de honra" do PSDB, ao ser questionado sobre o impacto de uma eventual renúncia de Sarney na formatação de uma aliança PT-PMDB em 2010. "Estou fora do PSDB. Sou só presidente de honra. Não estou na política do dia a dia."
Outros tucanos também reagiram às falas de Lula. "A nossa impressão é que o presidente anda viajando demais e desinformado sobre o que acontece aqui. É uma afirmação completamente equivocada", rebateu o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE) , após se reunir em Belo Horizonte com o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB). Assim como FHC, ele ressaltou que Perillo convocaria nova eleição se assumisse o comando da Casa. "Então, é uma falsa questão."
Aécio, que no início da semana havia afirmado que estava convicto de que Sarney saberia enfrentar os problemas que afligem o Senado, pois "tem história política para isso", ontem preferiu não se envolver. "Uma reforma estrutural no Congresso é claramente necessária, agora os senadores é que vão decidir, se com a presença do presidente José Sarney ou não", observou.
Colaborou Eduardo Kattah
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz "coisas levianas" e "abusa das palavras". As declarações foram uma resposta a críticas do petista sobre a atuação dos tucanos na crise do Senado. Em viagem à Líbia, anteontem, Lula dissera que o PSDB tenta ganhar no "tapetão" ao apoiar o afastamento do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).
"O presidente, às vezes, abusa das palavras. Sabe que, se o presidente do Senado eventualmente renunciasse, haveria uma nova eleição", declarou FHC, ao chegar a seminário em São Paulo, em homenagem a sua mulher, Ruth Cardoso, que morreu no ano passado. "Eu lamento que o presidente diga coisas tão levianas", declarou FHC, para quem Lula, "quando está fora do Brasil, não presta atenção nas palavras". Anteontem, na Líbia, o presidente havia dito que o PSDB, junto com o DEM, trabalha para tirar Sarney do comando do Senado com o objetivo de preencher a vaga com o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), primeiro-vice-presidente da Casa.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que também foi ao evento em homenagem a Ruth, comentou a declaração de Lula. "O PSDB apoiou o candidato do PT no Senado, na eleição do Sarney." E completou: "Não vejo essa gula."
Tem sido frequente a troca de farpas entre Lula e FHC. Em maio, o tucano criticou declarações do petista sobre o escândalo do uso de passagens aéreas por deputados e o salário dos parlamentares. À época, Lula dissera que o caso era uma "hipocrisia". FHC rebateu dizendo ser mais "restritivo".
O ex-presidente não quis comentar a situação de Sarney, que tem sido pressionado a deixar o cargo após a eclosão do escândalo dos atos secretos, revelado pelo Estado. "Não quero opinar pelo Senado. Fui senador há muitos anos. Há 25 anos estou afastado. Apenas lamento o que está acontecendo lá. Porque é uma desagregação muito grande, de uma instituição importante."
FHC também afirmou ser "só presidente de honra" do PSDB, ao ser questionado sobre o impacto de uma eventual renúncia de Sarney na formatação de uma aliança PT-PMDB em 2010. "Estou fora do PSDB. Sou só presidente de honra. Não estou na política do dia a dia."
Outros tucanos também reagiram às falas de Lula. "A nossa impressão é que o presidente anda viajando demais e desinformado sobre o que acontece aqui. É uma afirmação completamente equivocada", rebateu o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE) , após se reunir em Belo Horizonte com o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB). Assim como FHC, ele ressaltou que Perillo convocaria nova eleição se assumisse o comando da Casa. "Então, é uma falsa questão."
Aécio, que no início da semana havia afirmado que estava convicto de que Sarney saberia enfrentar os problemas que afligem o Senado, pois "tem história política para isso", ontem preferiu não se envolver. "Uma reforma estrutural no Congresso é claramente necessária, agora os senadores é que vão decidir, se com a presença do presidente José Sarney ou não", observou.
Colaborou Eduardo Kattah
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