DEU EM O GLOBO
Serra discursa como candidato; Aécio diz não temer incompreensões
BRASÍLIA. Mesmo sem o acordo para a chapa presidencial, os governadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) se uniram ontem, nos discursos em homenagem ao centenário de Tancredo Neves, para defender os governos do PSDB e ressaltar que foi essa herança que proporcionou ao presidente Lula obter a aprovação que tem hoje. Serra citou o PT e tentou passar uma postura de candidato em seu discurso, que centrou muito mais no quadro histórico e político do Brasil nos 25 anos pós-redemocratização. Aécio frisou o espírito conciliador do avô.
Sem citar o governo Fernando Henrique Cardoso, Serra elogiou as conquistas da gestão tucana como a estabilidade econômica. Ele disse que o PT encarnava um comportamento "radical e deliberadamente à margem da política", e que foi um dos principais beneficiários da redemocratização "ao saber colher bons frutos" de medidas como o Plano Real, o Proer e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas, com discurso de candidato, ponderou que nem tudo está totalmente resolvido:
- É necessário ter isso presente, porque a estabilidade, o crescimento, os ganhos de consumo ainda não têm garantidas as condições de sustentabilidade no médio e longo prazos. Nosso dever é, por conseguinte, o de assumir com humildade a coragem e a herança desses 25 anos (não) para negar o passado, mas para superá-lo, a fim de fazer mais e fazer melhor.
Mesmo de forma polida, Serra não perdeu a oportunidade de alfinetar Lula: .
- Fases da História não podem ser arbitrariamente datadas a partir de um ou outro governante ao qual queiram alguns devotar um culto de exaltação.
Na mesma linha, Aécio ressaltou as conquistas dos últimos 25 anos, frisando que não foram obra de um só homem, ou de um só governo:
- É preciso valorizar os avanços que se iniciaram com Itamar (Franco), passaram por Fernando Henrique e continuaram com Lula, até porque o governo Lula é consequência do governo Fernando Henrique. Se não houvesse o real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo Lula seria diferente.
Aécio aproveitou o discurso para fazer um desabafo sobre a pressão para ser o vice de Serra. Lembrou que as grandes decisões são sempre solitárias, mas não se pode temer as incompreensões pela decisão tomada:
- Precisamos resistir às pressões que nos afastam do que acreditamos. Acostumar os olhos à luz e à sombra da política, para enxergarmos com clareza os interesses menores que se travestem de interesse coletivo. Não podemos temer a incompreensão.
Serra discursa como candidato; Aécio diz não temer incompreensões
BRASÍLIA. Mesmo sem o acordo para a chapa presidencial, os governadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) se uniram ontem, nos discursos em homenagem ao centenário de Tancredo Neves, para defender os governos do PSDB e ressaltar que foi essa herança que proporcionou ao presidente Lula obter a aprovação que tem hoje. Serra citou o PT e tentou passar uma postura de candidato em seu discurso, que centrou muito mais no quadro histórico e político do Brasil nos 25 anos pós-redemocratização. Aécio frisou o espírito conciliador do avô.
Sem citar o governo Fernando Henrique Cardoso, Serra elogiou as conquistas da gestão tucana como a estabilidade econômica. Ele disse que o PT encarnava um comportamento "radical e deliberadamente à margem da política", e que foi um dos principais beneficiários da redemocratização "ao saber colher bons frutos" de medidas como o Plano Real, o Proer e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas, com discurso de candidato, ponderou que nem tudo está totalmente resolvido:
- É necessário ter isso presente, porque a estabilidade, o crescimento, os ganhos de consumo ainda não têm garantidas as condições de sustentabilidade no médio e longo prazos. Nosso dever é, por conseguinte, o de assumir com humildade a coragem e a herança desses 25 anos (não) para negar o passado, mas para superá-lo, a fim de fazer mais e fazer melhor.
Mesmo de forma polida, Serra não perdeu a oportunidade de alfinetar Lula: .
- Fases da História não podem ser arbitrariamente datadas a partir de um ou outro governante ao qual queiram alguns devotar um culto de exaltação.
Na mesma linha, Aécio ressaltou as conquistas dos últimos 25 anos, frisando que não foram obra de um só homem, ou de um só governo:
- É preciso valorizar os avanços que se iniciaram com Itamar (Franco), passaram por Fernando Henrique e continuaram com Lula, até porque o governo Lula é consequência do governo Fernando Henrique. Se não houvesse o real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo Lula seria diferente.
Aécio aproveitou o discurso para fazer um desabafo sobre a pressão para ser o vice de Serra. Lembrou que as grandes decisões são sempre solitárias, mas não se pode temer as incompreensões pela decisão tomada:
- Precisamos resistir às pressões que nos afastam do que acreditamos. Acostumar os olhos à luz e à sombra da política, para enxergarmos com clareza os interesses menores que se travestem de interesse coletivo. Não podemos temer a incompreensão.
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