O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) anunciou nesta quinta-feira sua pré-candidatura ao governo de Pernambuco o que garante um palanque para José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência.
Ele vai enfrentar o atual governador, Eduardo Campos (PSB), que vai se candidatar à reeleição.
Jarbas antecipou que uma reunião fechada entre os dois deve ocorrer ainda este mês para definição de uma agenda de campanha.
Cotado para a reeleição no Senado, Jarbas pediu a líderes partidários um prazo para anunciar sua decisão.
"Teremos um palanque forte em Pernambuco, competitivo, e estaremos ao lado do próximo presidente da República", previu o senador, referindo-se a Serra. A entrevista foi dada em Recife e transmitida pela internet.
A chapa anunciada por Jarbas inclui o senador e presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que também coordena a campanha presidencial de Serra. Guerra será candidato à Câmara dos Deputados. Jarbas também afirmou que há espaço para conquistar o apoio de prefeitos pernambucanos da base governista.
O senador dissidente do PMDB não poupou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à pré-candidata Dilma Rousseff (PT) à Presidência. Jarbas defendeu que a transferência de votos existe, mas que ela não garante a vitória, e citou a derrota do PT na disputa pela prefeitura de São Paulo em 2008.
"Lula foi lá, fez carreata, fez comício, foi para a televisão, apareceu no programa eleitoral, e não funcionou", lembrou o senador.
No nível nacional, o PMDB tem acordo com o PT para apoiar Dilma.
Veja trechos da entrevista de Jarbas, ontem em Recife:
DEFINIÇÃO
"Todos vocês sabem que não estava nos meus planos disputar o Governo de Pernambuco. Já reiterei isso várias vezes. Essa realmente não foi uma decisão fácil e não passou apenas pela questão de me convencer.
Eu tinha que construir uma plataforma para essa candidatura, uma razão, um propósito.
Eu acredito que José Serra será o próximo presidente do Brasil e não desejo que Pernambuco fique de fora dessa nova fase da história do País.
Pernambuco avançou muito na última década, mas o nosso Estado, como diz o Serra, pode fazer muito mais. Pode e não vem fazendo.
Essa sintonia é fundamental para que Pernambuco não se perca, como aconteceu na década de 1990. É inadmissível, por exemplo, que a Refinaria Abreu e Lima tenha passado quatro anos praticamente parada, envolvida em denúncias de irregularidades investigadas pelo Tribunal de Contas da União.
Serra assumiu compromisso de ajudar no que for possível para concluir projetos que ajudamos a trazer para Pernambuco há mais de cinco anos e até hoje se encontram paralisados, como a Refinaria e outros projetos importantes.
Nas últimas semanas, tive a oportunidade de ouvir a opinião de centenas de pessoas, não apenas as lideranças políticas da oposição, mas amigos, familiares e principalmente eleitores, pessoas que chegavam a mim pedindo para que eu disputasse o Governo. Em vários eventos públicos, pude sentir esse chamamento.
Essas coisas pesam na hora da gente entrar numa disputa dura como será essa. Vou disputar o governo porque os pernambucanos me pediram.
SÉRGIO GUERRA
Sérgio Guerra explicou para vocês e a opinião pública pernambucana as razões que o levaram a optar por não disputar a reeleição. Esse é um fato. Sérgio acredita que terá mais condições de ajudar Pernambuco como coordenador da campanha de Serra. Entendi e compreendi, pois é um espaço importante para o Estado.
Em suma: Sérgio não disputará a reeleição para o Senado, mas será um integrante fundamental da nossa campanha para retomar o Governo de Pernambuco. Ele e o PSDB.
Sou candidato ao Governo de Pernambuco para mostrar que podemos fazer muito mais do que foi feito nos últimos quatro anos.
Pernambuco é mais. É muito mais do que esta aí.
PREFEITOS
Caberá à cada direção partidária cuidar da questão de possíveis infidelidades durante a campanha. Mas as convenções só vão ocorrer no final de junho. Ainda há muito tempo para conversar. Política é arte da conversa, do diálogo. As coisas podem mudar com muita facilidade; mudam de um dia para outro.
Acredito que inclusive há espaço para conquistar gente da base do Governo. Até porque muitos desses atuais prefeitos que estão com o governador já nos apoiaram.
Teremos um palanque forte em Pernambuco, competitivo e estaremos ao lado do próximo presidente da República. Portanto, sobram bons argumentos para montar palanques em todas as cidades de Pernambuco.
Não ficarei fulanizando, tratando desse ou daquele prefeito. E vocês também não vão me ver tratando dessas questões pela Imprensa. Cada um que faça o que manda sua consciência. A minha está tranquila.
Durante oito anos de Governo, não discriminei e nem persegui ninguém. Firmei parcerias com prefeitos do PT, do PSB, do PCdoB, do PTB. Com aqueles que desejaram, mantive um diálogo franco e aberto.
COMPARAÇÃO
Não tenho problema em comparar governos. Tenho imenso orgulho das duas gestões que tive à frente do Governo de Pernambuco. Nossa gestão serviu como modelo para diversas administrações em todo o País.
Fizemos uma administração responsável, comprometida com o futuro. Tenho orgulho do meu Governo.
Não vou fazer como o atual governador, que passou a campanha de 2006 dizendo que não queria falar do passado, evitando avaliar o Governo do qual ele foi figura-chave, entre 1995 e 1998.
Nós fizemos mais e melhor do que o atual Governo. Mas o pernambucano não quer saber só isso. O povo de Pernambuco vai querer saber quem fará mais no futuro, a partir do próximo ano, quando José Serra estiver na Presidência da República.
Ele vai enfrentar o atual governador, Eduardo Campos (PSB), que vai se candidatar à reeleição.
Jarbas antecipou que uma reunião fechada entre os dois deve ocorrer ainda este mês para definição de uma agenda de campanha.
Cotado para a reeleição no Senado, Jarbas pediu a líderes partidários um prazo para anunciar sua decisão.
"Teremos um palanque forte em Pernambuco, competitivo, e estaremos ao lado do próximo presidente da República", previu o senador, referindo-se a Serra. A entrevista foi dada em Recife e transmitida pela internet.
A chapa anunciada por Jarbas inclui o senador e presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que também coordena a campanha presidencial de Serra. Guerra será candidato à Câmara dos Deputados. Jarbas também afirmou que há espaço para conquistar o apoio de prefeitos pernambucanos da base governista.
O senador dissidente do PMDB não poupou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à pré-candidata Dilma Rousseff (PT) à Presidência. Jarbas defendeu que a transferência de votos existe, mas que ela não garante a vitória, e citou a derrota do PT na disputa pela prefeitura de São Paulo em 2008.
"Lula foi lá, fez carreata, fez comício, foi para a televisão, apareceu no programa eleitoral, e não funcionou", lembrou o senador.
No nível nacional, o PMDB tem acordo com o PT para apoiar Dilma.
Veja trechos da entrevista de Jarbas, ontem em Recife:
DEFINIÇÃO
"Todos vocês sabem que não estava nos meus planos disputar o Governo de Pernambuco. Já reiterei isso várias vezes. Essa realmente não foi uma decisão fácil e não passou apenas pela questão de me convencer.
Eu tinha que construir uma plataforma para essa candidatura, uma razão, um propósito.
Eu acredito que José Serra será o próximo presidente do Brasil e não desejo que Pernambuco fique de fora dessa nova fase da história do País.
Pernambuco avançou muito na última década, mas o nosso Estado, como diz o Serra, pode fazer muito mais. Pode e não vem fazendo.
Essa sintonia é fundamental para que Pernambuco não se perca, como aconteceu na década de 1990. É inadmissível, por exemplo, que a Refinaria Abreu e Lima tenha passado quatro anos praticamente parada, envolvida em denúncias de irregularidades investigadas pelo Tribunal de Contas da União.
Serra assumiu compromisso de ajudar no que for possível para concluir projetos que ajudamos a trazer para Pernambuco há mais de cinco anos e até hoje se encontram paralisados, como a Refinaria e outros projetos importantes.
Nas últimas semanas, tive a oportunidade de ouvir a opinião de centenas de pessoas, não apenas as lideranças políticas da oposição, mas amigos, familiares e principalmente eleitores, pessoas que chegavam a mim pedindo para que eu disputasse o Governo. Em vários eventos públicos, pude sentir esse chamamento.
Essas coisas pesam na hora da gente entrar numa disputa dura como será essa. Vou disputar o governo porque os pernambucanos me pediram.
SÉRGIO GUERRA
Sérgio Guerra explicou para vocês e a opinião pública pernambucana as razões que o levaram a optar por não disputar a reeleição. Esse é um fato. Sérgio acredita que terá mais condições de ajudar Pernambuco como coordenador da campanha de Serra. Entendi e compreendi, pois é um espaço importante para o Estado.
Em suma: Sérgio não disputará a reeleição para o Senado, mas será um integrante fundamental da nossa campanha para retomar o Governo de Pernambuco. Ele e o PSDB.
Sou candidato ao Governo de Pernambuco para mostrar que podemos fazer muito mais do que foi feito nos últimos quatro anos.
Pernambuco é mais. É muito mais do que esta aí.
PREFEITOS
Caberá à cada direção partidária cuidar da questão de possíveis infidelidades durante a campanha. Mas as convenções só vão ocorrer no final de junho. Ainda há muito tempo para conversar. Política é arte da conversa, do diálogo. As coisas podem mudar com muita facilidade; mudam de um dia para outro.
Acredito que inclusive há espaço para conquistar gente da base do Governo. Até porque muitos desses atuais prefeitos que estão com o governador já nos apoiaram.
Teremos um palanque forte em Pernambuco, competitivo e estaremos ao lado do próximo presidente da República. Portanto, sobram bons argumentos para montar palanques em todas as cidades de Pernambuco.
Não ficarei fulanizando, tratando desse ou daquele prefeito. E vocês também não vão me ver tratando dessas questões pela Imprensa. Cada um que faça o que manda sua consciência. A minha está tranquila.
Durante oito anos de Governo, não discriminei e nem persegui ninguém. Firmei parcerias com prefeitos do PT, do PSB, do PCdoB, do PTB. Com aqueles que desejaram, mantive um diálogo franco e aberto.
COMPARAÇÃO
Não tenho problema em comparar governos. Tenho imenso orgulho das duas gestões que tive à frente do Governo de Pernambuco. Nossa gestão serviu como modelo para diversas administrações em todo o País.
Fizemos uma administração responsável, comprometida com o futuro. Tenho orgulho do meu Governo.
Não vou fazer como o atual governador, que passou a campanha de 2006 dizendo que não queria falar do passado, evitando avaliar o Governo do qual ele foi figura-chave, entre 1995 e 1998.
Nós fizemos mais e melhor do que o atual Governo. Mas o pernambucano não quer saber só isso. O povo de Pernambuco vai querer saber quem fará mais no futuro, a partir do próximo ano, quando José Serra estiver na Presidência da República.
LULA
Nos meus dois governos tive a aprovação majoritária do povo pernambucano e enfrentei um cenário econômico bem mais adverso do que os atuais administradores. Eles encontraram a casa arrumada.
Nossos dois governos mudaram a face de Pernambuco, recuperaram a auto-estima dos pernambucanos e construíram as bases para que o Estado voltasse a crescer.
Lula não é candidato a nada nesta eleição.
Sem dúvida alguma Lula ajudou Pernambuco. Mas Lula ajudou Pernambuco porque a gente, o meu Governo, fez o dever de casa. Arrumamos as finanças do Estado. Investimos fortemente em Suape, na infra-estrutura. Nada caiu do céu. Foi tudo fruto de trabalho, de poder de articulação.
O melhor exemplo disso é o Estaleiro Atlântico Sul, o qual assinei o contrato em agosto de 2004, há quase seis anos.
É verdade que Lula ordenou a retomada da indústria naval brasileira, mas o Estaleiro estava sendo disputado por dezenas de estados. Foi a atuação minha, da minha equipe que permitiu trazer o estaleiro para Suape. Isso é história, está registrado na Imprensa. Não tem como mudar esse fato.
O mesmo se aplica à Refinaria e outros grandes empreendimentos aos quais Serra me assegurou apoio absoluto a partir de 1º de janeiro de 2011. Fui governador no meu segundo mandato com Lula na Presidência. Mantivemos uma relação cordial, mas sem adesismo. Fizemos parcerias administrativas que renderam frutos para nosso Estado.
Nunca deixei de reconhecer o apoio que recebi de Lula. E ele também nunca deixou de destacar nosso bom diálogo. Minha relação com Lula foi Republicana, respeitosa, mas sem adesismos.
Como senador de oposição, não me cabia outro papel, se não o de fiscalizar o Governo. Nas democracias funciona assim, quem ganha governa e quem perde vai para a oposição, fiscalizar. Nunca deixei de votar projetos do Governo no Senado por mera picuinha.
O problema é que o PT e os seus aliados esqueceram que foram oposição e querem a unanimidade a todo custo. Nunca fui adesista. Tenho nojo do adesismo.
MINHA DISPOSIÇÃO
Jamais entraria numa campanha pela metade. Estou disputando o Governo do Estado porque acredito que posso e vou contribuir para que Pernambuco não se perca no caminho do desenvolvimento, um caminho que foi aberto e erguido pelo nosso Governo.
Pernambuco está na fase da construção, muito ainda precisa ser feito, muito precisa ser mudado. Muita coisa mudou para pior. No que tem de bom, colhem o que a gente plantou. O atual governo não tem o costume de reconhecer o trabalho alheio, daqueles que vieram antes. Pernambuco não foi descoberto em 2007.
CAMPANHA
Pernambuco vive um bom momento, mas o atual Governo carece de foco, atira pra tudo quanto é lado. É como beija-flor: pousa aqui, pousa ali.
Mas eu não vou passar essa minha entrevista apresentando as falhas do Governo, criticando o governador.
Precisaria de mais tempo do que disponho nessa entrevista. Além disso, campanha só começa mesmo em 17 de agosto, com o início da propaganda eleitoral nas TVs e nos rádios.
Vamos fazer esse trabalho durante a campanha - com alto astral, serenidade, responsabilidade e, sobretudo, com propostas.
PRESENÇA DE SERRA
Combinei com José Serra para ele vir a Pernambuco ainda este mês, para uma reunião em recinto fechado. Devemos definir essa agenda nos próximos dias. Nesse encontro, vamos firmar todos esses compromissos com Pernambuco. "
Nos meus dois governos tive a aprovação majoritária do povo pernambucano e enfrentei um cenário econômico bem mais adverso do que os atuais administradores. Eles encontraram a casa arrumada.
Nossos dois governos mudaram a face de Pernambuco, recuperaram a auto-estima dos pernambucanos e construíram as bases para que o Estado voltasse a crescer.
Lula não é candidato a nada nesta eleição.
Sem dúvida alguma Lula ajudou Pernambuco. Mas Lula ajudou Pernambuco porque a gente, o meu Governo, fez o dever de casa. Arrumamos as finanças do Estado. Investimos fortemente em Suape, na infra-estrutura. Nada caiu do céu. Foi tudo fruto de trabalho, de poder de articulação.
O melhor exemplo disso é o Estaleiro Atlântico Sul, o qual assinei o contrato em agosto de 2004, há quase seis anos.
É verdade que Lula ordenou a retomada da indústria naval brasileira, mas o Estaleiro estava sendo disputado por dezenas de estados. Foi a atuação minha, da minha equipe que permitiu trazer o estaleiro para Suape. Isso é história, está registrado na Imprensa. Não tem como mudar esse fato.
O mesmo se aplica à Refinaria e outros grandes empreendimentos aos quais Serra me assegurou apoio absoluto a partir de 1º de janeiro de 2011. Fui governador no meu segundo mandato com Lula na Presidência. Mantivemos uma relação cordial, mas sem adesismo. Fizemos parcerias administrativas que renderam frutos para nosso Estado.
Nunca deixei de reconhecer o apoio que recebi de Lula. E ele também nunca deixou de destacar nosso bom diálogo. Minha relação com Lula foi Republicana, respeitosa, mas sem adesismos.
Como senador de oposição, não me cabia outro papel, se não o de fiscalizar o Governo. Nas democracias funciona assim, quem ganha governa e quem perde vai para a oposição, fiscalizar. Nunca deixei de votar projetos do Governo no Senado por mera picuinha.
O problema é que o PT e os seus aliados esqueceram que foram oposição e querem a unanimidade a todo custo. Nunca fui adesista. Tenho nojo do adesismo.
MINHA DISPOSIÇÃO
Jamais entraria numa campanha pela metade. Estou disputando o Governo do Estado porque acredito que posso e vou contribuir para que Pernambuco não se perca no caminho do desenvolvimento, um caminho que foi aberto e erguido pelo nosso Governo.
Pernambuco está na fase da construção, muito ainda precisa ser feito, muito precisa ser mudado. Muita coisa mudou para pior. No que tem de bom, colhem o que a gente plantou. O atual governo não tem o costume de reconhecer o trabalho alheio, daqueles que vieram antes. Pernambuco não foi descoberto em 2007.
CAMPANHA
Pernambuco vive um bom momento, mas o atual Governo carece de foco, atira pra tudo quanto é lado. É como beija-flor: pousa aqui, pousa ali.
Mas eu não vou passar essa minha entrevista apresentando as falhas do Governo, criticando o governador.
Precisaria de mais tempo do que disponho nessa entrevista. Além disso, campanha só começa mesmo em 17 de agosto, com o início da propaganda eleitoral nas TVs e nos rádios.
Vamos fazer esse trabalho durante a campanha - com alto astral, serenidade, responsabilidade e, sobretudo, com propostas.
PRESENÇA DE SERRA
Combinei com José Serra para ele vir a Pernambuco ainda este mês, para uma reunião em recinto fechado. Devemos definir essa agenda nos próximos dias. Nesse encontro, vamos firmar todos esses compromissos com Pernambuco. "
(Informações: Jornal do Commercio (PE), Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco)
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