DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
A aprovação pelo Parlamento grego das medidas de austeridade impostas pela União Europeia e pelo FMI não foi suficiente para acalmar os mercados financeiros, que voltaram a ter um dia de forte tensão. As bolsas de Frankfurt e Milão caíram, respectivamente, 0,84% e 4,27%. Paris, Madri e Portugal, 2,20%, 2,93% e 2,37%. Os investidores temem que eventual calote grego afete os bancos da região, que detêm quase US$ 190 bilhões em títulos da dívida do país. A crise na Europa também tem reflexos no Brasil. Nos dois primeiros dias úteis de maio, investidores estrangeiros retiraram o equivalente a R$ 573 milhões da Bovespa, deixando o saldo negativo, no ano, em R$ 1,86 bilhão. Ontem, a Bovespa chegou a cair mais de 6% e fechou em queda de 2,31%.
Europa e EUA derrubam mercados
O agravamento da crise na Grécia e o erro de um operador em Nova York, que trocou ""milhões"" por ""bilhões"", provocam queda nas bolsas
A aprovação pelo Parlamento grego das duras medidas de austeridade impostas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional não foi suficiente para acalmar os mercados financeiros, que voltaram a ter um dia de quedas nas bolsas de todo o mundo.
Os investidores temem pelo futuro da zona do euro, já que outros países também se encontram em situação fiscal delicada. Também há o temor de que um eventual calote grego arraste os bancos da região, que possuem quase US$ 190 bilhões em títulos da dívida do país.
Nos Estados Unidos, o Senado se preparava para votar ontem à noite duas emendas polêmicas à Lei de Reforma Financeira que está em debate no Congresso: uma prevê auditoria no Fed, o banco central americano, e a outra exige o encolhimento de vários bancos.
Mas a forte queda das bolsas americanas a Nasdaq chegou a recuar 9% e fechou com queda de 3,44% e a Bolsa de Nova York caiu 3,20% - pode ter sido causada pelo erro de um operador, que registrou ordem de venda de US$ 16 bilhões no lugar de US$ 16 milhões, em um contrato atrelado a índices futuros de ações.
A crise na Europa também já respinga forte no Brasil, com a fuga de investidores estrangeiros da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Nos dois primeiros dias úteis de maio, eles retiraram o equivalente a R$ 573 milhões da bolsa brasileira, deixando o saldo negativo, no ano, em R$ 1,86 bilhão.
Ontem, o pânico com a crise europeia e a queda nas bolsas americanas afetaram a Bovespa, que chegou a cair mais de 6%. No fim do pregão, a Bolsa recuperou parte das perdas e fechou em queda de 2,31%.
Além das consequências provocadas pela debandada de investidores, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem, traz um alerta para a possibilidade de a interrupção da retomada do crescimento dos países desenvolvidos provocar movimento de deflação, com impacto na inflação. Como resultado, as altas dos juros poderão ser menores daqui para a frente.
Na Europa, além do socorro de 110 bilhões e da obrigação de cortar gastos de 30 bilhões, o governo grego terá agora de convencer a população, que ontem voltou a entrar em choque com a polícia. Os debates no Parlamento também mostraram que o país está dividido.
A crise europeia também promete reflexos políticos em outros países. No Reino Unido, já ameaça retirar de cena o primeiro-ministro Gordon Brown. Na Alemanha, que terá eleições regionais neste fim de semana, pode afetar a liderança da chanceler Angela Merkel, por eleitores irritados com a ajuda aos gregos.
PRESTE ATENÇÃO
1. Europa. Países do continente tentam fugir do contágio grego, mas especialistas dizem que pode ser uma questão de tempo para a crise se espalhar
2. Grécia. Parlamento do país aprovou ontem as duras medidas que garantem ao país o socorro do FMI e da UE, mas há muitos protestos nas ruas
3. Dólar. Com as incertezas sobre a crise fiscal nos países europeus, a cotação da moeda dos Estados Unidos disparou ontem
4. Bovespa. Como em outros momentos de crise, o roteiro se repete: investidores abandonam suas posições na Bovespa e procuram o abrigo de papéis mais seguros
5. Juros. A ata da reunião do Copom da semana passada trouxe uma novidade que é preocupação com a crise europeia, que pode levar a uma redução no ritmo de alta da Selic
A aprovação pelo Parlamento grego das medidas de austeridade impostas pela União Europeia e pelo FMI não foi suficiente para acalmar os mercados financeiros, que voltaram a ter um dia de forte tensão. As bolsas de Frankfurt e Milão caíram, respectivamente, 0,84% e 4,27%. Paris, Madri e Portugal, 2,20%, 2,93% e 2,37%. Os investidores temem que eventual calote grego afete os bancos da região, que detêm quase US$ 190 bilhões em títulos da dívida do país. A crise na Europa também tem reflexos no Brasil. Nos dois primeiros dias úteis de maio, investidores estrangeiros retiraram o equivalente a R$ 573 milhões da Bovespa, deixando o saldo negativo, no ano, em R$ 1,86 bilhão. Ontem, a Bovespa chegou a cair mais de 6% e fechou em queda de 2,31%.
Europa e EUA derrubam mercados
O agravamento da crise na Grécia e o erro de um operador em Nova York, que trocou ""milhões"" por ""bilhões"", provocam queda nas bolsas
A aprovação pelo Parlamento grego das duras medidas de austeridade impostas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional não foi suficiente para acalmar os mercados financeiros, que voltaram a ter um dia de quedas nas bolsas de todo o mundo.
Os investidores temem pelo futuro da zona do euro, já que outros países também se encontram em situação fiscal delicada. Também há o temor de que um eventual calote grego arraste os bancos da região, que possuem quase US$ 190 bilhões em títulos da dívida do país.
Nos Estados Unidos, o Senado se preparava para votar ontem à noite duas emendas polêmicas à Lei de Reforma Financeira que está em debate no Congresso: uma prevê auditoria no Fed, o banco central americano, e a outra exige o encolhimento de vários bancos.
Mas a forte queda das bolsas americanas a Nasdaq chegou a recuar 9% e fechou com queda de 3,44% e a Bolsa de Nova York caiu 3,20% - pode ter sido causada pelo erro de um operador, que registrou ordem de venda de US$ 16 bilhões no lugar de US$ 16 milhões, em um contrato atrelado a índices futuros de ações.
A crise na Europa também já respinga forte no Brasil, com a fuga de investidores estrangeiros da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Nos dois primeiros dias úteis de maio, eles retiraram o equivalente a R$ 573 milhões da bolsa brasileira, deixando o saldo negativo, no ano, em R$ 1,86 bilhão.
Ontem, o pânico com a crise europeia e a queda nas bolsas americanas afetaram a Bovespa, que chegou a cair mais de 6%. No fim do pregão, a Bolsa recuperou parte das perdas e fechou em queda de 2,31%.
Além das consequências provocadas pela debandada de investidores, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem, traz um alerta para a possibilidade de a interrupção da retomada do crescimento dos países desenvolvidos provocar movimento de deflação, com impacto na inflação. Como resultado, as altas dos juros poderão ser menores daqui para a frente.
Na Europa, além do socorro de 110 bilhões e da obrigação de cortar gastos de 30 bilhões, o governo grego terá agora de convencer a população, que ontem voltou a entrar em choque com a polícia. Os debates no Parlamento também mostraram que o país está dividido.
A crise europeia também promete reflexos políticos em outros países. No Reino Unido, já ameaça retirar de cena o primeiro-ministro Gordon Brown. Na Alemanha, que terá eleições regionais neste fim de semana, pode afetar a liderança da chanceler Angela Merkel, por eleitores irritados com a ajuda aos gregos.
PRESTE ATENÇÃO
1. Europa. Países do continente tentam fugir do contágio grego, mas especialistas dizem que pode ser uma questão de tempo para a crise se espalhar
2. Grécia. Parlamento do país aprovou ontem as duras medidas que garantem ao país o socorro do FMI e da UE, mas há muitos protestos nas ruas
3. Dólar. Com as incertezas sobre a crise fiscal nos países europeus, a cotação da moeda dos Estados Unidos disparou ontem
4. Bovespa. Como em outros momentos de crise, o roteiro se repete: investidores abandonam suas posições na Bovespa e procuram o abrigo de papéis mais seguros
5. Juros. A ata da reunião do Copom da semana passada trouxe uma novidade que é preocupação com a crise europeia, que pode levar a uma redução no ritmo de alta da Selic
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