DEU EM O GLOBO
Verde agora afirma que não fará campanha para Serra no Rio; tucanos insistem no palanque duplo
Cássio Bruno e Rafael Galdo
Mal resolveu o imbróglio em torno do nome do ex-prefeito Cesar Maia (DEM) na disputa pelo Senado, a coligação formada por PV-PSDB-DEM-PPS está envolvida em outra polêmica. Ontem, a direção nacional do PV divulgou nota dizendo que o apoio de Gabeira no Rio será exclusivo para a candidata do PV ao Planalto, Marina Silva, e não dividido com o tucano José Serra. Subindo o tom da discussão na nota “Gabeira apoia Marina e só Marina”, o partido diz ser “totalmente descabida a afirmação atribuída ao ex-deputado Márcio Fortes” de que Gabeira apoiaria os dois candidatos à Presidência.
Gabeira agora nega que fará campanha do tucano e afirma que caminhará apenas com Marina.
Mas o provável vice da chapa, Márcio Fortes (PSDB), insiste que o deputado pedirá votos para Serra e Marina.
Gabeira tenta acalmar os ânimos e, apesar da divergência, diz não haver crise na coligação.
Segundo ele, suas negociações com os tucanos foram cristalinas: para que ele faça campanha com Marina, e para que o PSDB, o PPS e o DEM apoiem Serra. Anteontem, porém, após um encontro das legendas para formalizar a pré-candidatura do verde, Fortes afirmara que Gabeira faria campanha para ambos. E o próprio Gabeira havia dito que os dois presidenciáveis estariam na convenção da aliança, em junho.
Um dia depois, no entanto, o deputado desmentiu o palanque duplo, suposição que gerou respostas da campanha de Marina e do PV.
— Serei candidato da coligação.
Mas o entendimento é de que farei a campanha da Marina.
O vice e os outros três partidos (PSDB, PPS e DEM) fazem para o Serra — disse Gabeira.
— Uma vez superado esse problema com o Cesar Maia, estão tentando que entremos numa outra crise. Só que esta não existe.
Gabeira teria telefonado ontem para Marina para dar explicações sobre o episódio.
Fortes repetiu o discurso de que Gabeira “não é candidato do PV, mas de uma coligação” que tem dois postulantes à Presidência.
Para o ex-deputado, independentemente dos acertos iniciais, apenas o curso da campanha vai mostrar o comportamento dos candidatos: — Pela primeira vez, temos uma coligação que apoia dois candidatos à Presidência. Por isso, são comuns as dificuldades iniciais— disse Fortes.
Alfredo Sirkis, presidente regional do PV, afirmou que, pelo que foi decidido, Serra apoia Gabeira, mas não há reciprocidade.
E acrescentou que as afirmações de Fortes provocaram constrangimento.
— Evidente que cria um mal-estar. Mas não é um problema do arco da velha, sem solução — disse Sirkis. — Claro, no entanto, que os tucanos têm interesse de gerar essa ambiguidade (sobre o apoio de Gabeira).
Verde agora afirma que não fará campanha para Serra no Rio; tucanos insistem no palanque duplo
Cássio Bruno e Rafael Galdo
Mal resolveu o imbróglio em torno do nome do ex-prefeito Cesar Maia (DEM) na disputa pelo Senado, a coligação formada por PV-PSDB-DEM-PPS está envolvida em outra polêmica. Ontem, a direção nacional do PV divulgou nota dizendo que o apoio de Gabeira no Rio será exclusivo para a candidata do PV ao Planalto, Marina Silva, e não dividido com o tucano José Serra. Subindo o tom da discussão na nota “Gabeira apoia Marina e só Marina”, o partido diz ser “totalmente descabida a afirmação atribuída ao ex-deputado Márcio Fortes” de que Gabeira apoiaria os dois candidatos à Presidência.
Gabeira agora nega que fará campanha do tucano e afirma que caminhará apenas com Marina.
Mas o provável vice da chapa, Márcio Fortes (PSDB), insiste que o deputado pedirá votos para Serra e Marina.
Gabeira tenta acalmar os ânimos e, apesar da divergência, diz não haver crise na coligação.
Segundo ele, suas negociações com os tucanos foram cristalinas: para que ele faça campanha com Marina, e para que o PSDB, o PPS e o DEM apoiem Serra. Anteontem, porém, após um encontro das legendas para formalizar a pré-candidatura do verde, Fortes afirmara que Gabeira faria campanha para ambos. E o próprio Gabeira havia dito que os dois presidenciáveis estariam na convenção da aliança, em junho.
Um dia depois, no entanto, o deputado desmentiu o palanque duplo, suposição que gerou respostas da campanha de Marina e do PV.
— Serei candidato da coligação.
Mas o entendimento é de que farei a campanha da Marina.
O vice e os outros três partidos (PSDB, PPS e DEM) fazem para o Serra — disse Gabeira.
— Uma vez superado esse problema com o Cesar Maia, estão tentando que entremos numa outra crise. Só que esta não existe.
Gabeira teria telefonado ontem para Marina para dar explicações sobre o episódio.
Fortes repetiu o discurso de que Gabeira “não é candidato do PV, mas de uma coligação” que tem dois postulantes à Presidência.
Para o ex-deputado, independentemente dos acertos iniciais, apenas o curso da campanha vai mostrar o comportamento dos candidatos: — Pela primeira vez, temos uma coligação que apoia dois candidatos à Presidência. Por isso, são comuns as dificuldades iniciais— disse Fortes.
Alfredo Sirkis, presidente regional do PV, afirmou que, pelo que foi decidido, Serra apoia Gabeira, mas não há reciprocidade.
E acrescentou que as afirmações de Fortes provocaram constrangimento.
— Evidente que cria um mal-estar. Mas não é um problema do arco da velha, sem solução — disse Sirkis. — Claro, no entanto, que os tucanos têm interesse de gerar essa ambiguidade (sobre o apoio de Gabeira).
Nenhum comentário:
Postar um comentário