DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Aliança com PSC, da base aliada de Lula, deixa acordos estaduais de fora e exclui apoio a Joaquim Roriz ao governo do Distrito Federal
Christiane Samarco
BRASÍLIA – O PSC fechou aliança nacional com o PSDB para apoiar a candidatura do tucano José Serra à Presidência, sem dar chances à petista Dilma Rousseff para qualquer apelo em contrário. Foi o que o presidente do PSC, pastor Everaldo Pereira, comunicou ontem ao presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
A coligação só será oficial após passar pelo crivo da direção do Partido Social Cristão. Na conversa com Guerra, porém, o pastor Everaldo assegurou que a Executiva Nacional do PSC está decidida a apoiar Serra.
Com isso, o tucano passa a contar com mais 22 segundos em cada um dos dois blocos diários do programa eleitoral gratuito no rádio e na TV. Além de ganhar o tempo do PSC, Serra evita que a adversária petista incorpore a seu tempo de propaganda eleitoral os segundos de um partido aliado do presidente Lula.
Um dirigente do PSDB afirma que a negociação com o partido da base lulista não incluiu palanques estaduais e que o acordo não estabeleceu condições. A tradução eleitoral do acerto é que o PSC não condicionou o apoio a Serra ao apoio à candidatura de Joaquim Roriz ao governo do DF.
A notícia agradou setores do tucanato que querem Roriz fora do palanque de Serra, por conta de denúncias de corrupção. Setores mais pragmáticos do partido argumentam que a parceria com Roriz pode render a Serra cerca de 1 milhão de votos na periferia de Brasília.
Na maior parte dos Estados, o PSC está aliado aos tucanos e a direção partidária avalia que esse é o melhor caminho para o crescimento da legenda no País.
"Tesão". Em discurso a empresários e líderes comunitários de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, Serra disse ontem que enfrentará os problemas econômicos do País com "muito tesão". Segundo ele, o que foi feito até agora dá ao Brasil "boas condições" de garantir o crescimento para o futuro, mas apontou alguns problemas que ainda persistem, segundo sua ótica.
Entre eles, citou o superávit comercial em declínio, enquanto o Brasil precisa de investimentos do exterior. "É um assunto que tem de ser enfrentado." Para Serra, a questão da infraestrutura precisa de solução urgente. Por fim ponderou que a União faz poucos investimentos, deixando 70% deles para Estados e municípios que, por lei, não podem fazer déficit. Ele já havia criticado o tratamento dado pelo governo federal à saúde, segurança e educação.
"Acho sinceramente que dá pra gente enfrentar. Se couber a mim, pode estar certo que vamos manter o bom desempenho econômico, mas exige conhecimento, cuidados e tesão, muita vontade de consertar essa situação."/ COLABOROU EVANDRO FADEL, ENVIADO ESPECIAL A SANTA MARIA
Aliança com PSC, da base aliada de Lula, deixa acordos estaduais de fora e exclui apoio a Joaquim Roriz ao governo do Distrito Federal
Christiane Samarco
BRASÍLIA – O PSC fechou aliança nacional com o PSDB para apoiar a candidatura do tucano José Serra à Presidência, sem dar chances à petista Dilma Rousseff para qualquer apelo em contrário. Foi o que o presidente do PSC, pastor Everaldo Pereira, comunicou ontem ao presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
A coligação só será oficial após passar pelo crivo da direção do Partido Social Cristão. Na conversa com Guerra, porém, o pastor Everaldo assegurou que a Executiva Nacional do PSC está decidida a apoiar Serra.
Com isso, o tucano passa a contar com mais 22 segundos em cada um dos dois blocos diários do programa eleitoral gratuito no rádio e na TV. Além de ganhar o tempo do PSC, Serra evita que a adversária petista incorpore a seu tempo de propaganda eleitoral os segundos de um partido aliado do presidente Lula.
Um dirigente do PSDB afirma que a negociação com o partido da base lulista não incluiu palanques estaduais e que o acordo não estabeleceu condições. A tradução eleitoral do acerto é que o PSC não condicionou o apoio a Serra ao apoio à candidatura de Joaquim Roriz ao governo do DF.
A notícia agradou setores do tucanato que querem Roriz fora do palanque de Serra, por conta de denúncias de corrupção. Setores mais pragmáticos do partido argumentam que a parceria com Roriz pode render a Serra cerca de 1 milhão de votos na periferia de Brasília.
Na maior parte dos Estados, o PSC está aliado aos tucanos e a direção partidária avalia que esse é o melhor caminho para o crescimento da legenda no País.
"Tesão". Em discurso a empresários e líderes comunitários de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, Serra disse ontem que enfrentará os problemas econômicos do País com "muito tesão". Segundo ele, o que foi feito até agora dá ao Brasil "boas condições" de garantir o crescimento para o futuro, mas apontou alguns problemas que ainda persistem, segundo sua ótica.
Entre eles, citou o superávit comercial em declínio, enquanto o Brasil precisa de investimentos do exterior. "É um assunto que tem de ser enfrentado." Para Serra, a questão da infraestrutura precisa de solução urgente. Por fim ponderou que a União faz poucos investimentos, deixando 70% deles para Estados e municípios que, por lei, não podem fazer déficit. Ele já havia criticado o tratamento dado pelo governo federal à saúde, segurança e educação.
"Acho sinceramente que dá pra gente enfrentar. Se couber a mim, pode estar certo que vamos manter o bom desempenho econômico, mas exige conhecimento, cuidados e tesão, muita vontade de consertar essa situação."/ COLABOROU EVANDRO FADEL, ENVIADO ESPECIAL A SANTA MARIA
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