DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Tucano critica "entraves" ao crescimento, como câmbio, juros e deficit externo, mas promete solução "gradual"
Tucano aproveita giro pelo Rio Grande do Sul para fazer críticas ao MST e costurar apoios do PMDB e do PP no Estado à sua candidatura
Catia Seabra
ENVIADA ESPECIAL A SANTA MARIA (RS)
Graciliano Rocha
DA AGÊNCIA FOLHA EM SANTA ROSA (RS)
O candidato do PSDB e líder da disputa pela Presidência, José Serra (PSDB), disse ontem que não pretende "virar a mesa" na economia, mas apontou "entraves" ao crescimento do país: deficit externo, alta taxa de juros, carga tributária e a carência de investimentos.
As críticas foram sempre pontuadas com ponderações, para não dar margem a críticas do governo e do PT. Ele disse que não está pessimista e que dá para "enfrentar" esses problemas mantendo um bom desempenho econômico.
"Exige conhecimento, cuidados e muito tesão, muita vontade de consertar a situação", discursou, durante almoço em Santa Maria, parte de seu roteiro no Rio Grande do Sul.
Serra disse que a questão do câmbio tem de ser "enfrentada", mas negou que vá fazer mudanças radicais: "Ajudei a botar a mesa de pé no Brasil. Não vou virar a mesa. Mas temos que ter consciência de que esse [o câmbio] é um problema e ver as formas de enfrentamento gradual e responsável".
Repetindo que não aposta "no quanto pior melhor", Serra reconheceu avanços no governo Lula. "Isso é uma coisa. Outra é achar que o Brasil está pronto ou não tem problemas."
Questionado se tanto ele quanto Dilma Rousseff (PT) teriam antecipado a campanha, Serra admitiu que a lei eleitoral cria um "hiato" entre a desincompatibilização e o início da corrida sucessória.
Ele disse que "não tinha ideia a respeito de ajuda" de administrações tucanas ao evento evangélico do qual participou no sábado, Santa Catarina, mas que, se soubesse, "provavelmente não teria deixado de ir". "Não houve nenhum uso [eleitoral]. Eu não disse nada a respeito da eleição diretamente".
MST
Em outro evento, em Santa Rosa, Serra disse que o MST usa a reforma agrária como pretexto para "invasões políticas" e afirmou que, se eleito, vai cortar as fontes de financiamento federal do movimento.
As declarações foram dadas quando o tucano visitava a 18ª Fenasoja (Feira Nacional da Soja), um dos principais eventos do agronegócio gaúcho.
"Tem financiamento indireto na esfera federal, isso é óbvio", disse, numa referência aos convênios que permitem ao governo repassar verbas para cooperativas ligadas ao MST.
Palanque duplo
Serra deixou claro que subiria "com muito gosto" em dois palanques no Estado, deixando claro que a governadora Yeda Crusius (PSDB), desgastada após uma crise política, não terá exclusividade. Ele negocia ter o apoio do prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), adversário da tucana.
Além do PMDB, investiu sobre o PP gaúcho. "Temos interesse em compor com o PP, inclusive no cenário nacional. Precisamos desses segundos", orientou, numa roda.
Tucano critica "entraves" ao crescimento, como câmbio, juros e deficit externo, mas promete solução "gradual"
Tucano aproveita giro pelo Rio Grande do Sul para fazer críticas ao MST e costurar apoios do PMDB e do PP no Estado à sua candidatura
Catia Seabra
ENVIADA ESPECIAL A SANTA MARIA (RS)
Graciliano Rocha
DA AGÊNCIA FOLHA EM SANTA ROSA (RS)
O candidato do PSDB e líder da disputa pela Presidência, José Serra (PSDB), disse ontem que não pretende "virar a mesa" na economia, mas apontou "entraves" ao crescimento do país: deficit externo, alta taxa de juros, carga tributária e a carência de investimentos.
As críticas foram sempre pontuadas com ponderações, para não dar margem a críticas do governo e do PT. Ele disse que não está pessimista e que dá para "enfrentar" esses problemas mantendo um bom desempenho econômico.
"Exige conhecimento, cuidados e muito tesão, muita vontade de consertar a situação", discursou, durante almoço em Santa Maria, parte de seu roteiro no Rio Grande do Sul.
Serra disse que a questão do câmbio tem de ser "enfrentada", mas negou que vá fazer mudanças radicais: "Ajudei a botar a mesa de pé no Brasil. Não vou virar a mesa. Mas temos que ter consciência de que esse [o câmbio] é um problema e ver as formas de enfrentamento gradual e responsável".
Repetindo que não aposta "no quanto pior melhor", Serra reconheceu avanços no governo Lula. "Isso é uma coisa. Outra é achar que o Brasil está pronto ou não tem problemas."
Questionado se tanto ele quanto Dilma Rousseff (PT) teriam antecipado a campanha, Serra admitiu que a lei eleitoral cria um "hiato" entre a desincompatibilização e o início da corrida sucessória.
Ele disse que "não tinha ideia a respeito de ajuda" de administrações tucanas ao evento evangélico do qual participou no sábado, Santa Catarina, mas que, se soubesse, "provavelmente não teria deixado de ir". "Não houve nenhum uso [eleitoral]. Eu não disse nada a respeito da eleição diretamente".
MST
Em outro evento, em Santa Rosa, Serra disse que o MST usa a reforma agrária como pretexto para "invasões políticas" e afirmou que, se eleito, vai cortar as fontes de financiamento federal do movimento.
As declarações foram dadas quando o tucano visitava a 18ª Fenasoja (Feira Nacional da Soja), um dos principais eventos do agronegócio gaúcho.
"Tem financiamento indireto na esfera federal, isso é óbvio", disse, numa referência aos convênios que permitem ao governo repassar verbas para cooperativas ligadas ao MST.
Palanque duplo
Serra deixou claro que subiria "com muito gosto" em dois palanques no Estado, deixando claro que a governadora Yeda Crusius (PSDB), desgastada após uma crise política, não terá exclusividade. Ele negocia ter o apoio do prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), adversário da tucana.
Além do PMDB, investiu sobre o PP gaúcho. "Temos interesse em compor com o PP, inclusive no cenário nacional. Precisamos desses segundos", orientou, numa roda.
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