DEU NO VALOR ECONÔMICO
Murillo Camarotto, do Recife
Com a missão de reforçar o palanque de José Serra no Ceará, o PSDB local começa a elevar o tom das cobranças ao governador Cid Gomes (PSB), para que ele se manifeste sobre a chapa que sustentará sua candidatura à reeleição. Até agora, Serra tem como único aliado de peso o senador Tasso Jereissati, o que leva líderes tucanos a sinalizarem com o lançamento de uma candidatura própria ao governo, que daria mais consistência ao palanque do presidenciável.
A posição de Cid, no entanto, é crucial para que o partido defina qual caminho seguir. O ideal para o PSDB é que o governador confirme o apoio a apenas um candidato ao Senado: o do deputado federal Eunício Oliveira (PMDB). Isso deixaria o caminho livre para a reeleição de Tasso, amigo de longa data dos Gomes.
O problema é que o PT, aliado e dono da vaga de vice de Cid, rejeita a possibilidade. Quer a chapa majoritária do governador com o ex-ministro da Previdência José Pimentel (PT) para o Senado.
O apoio de petistas e tucanos proporcionou a Cid uma gestão tranquila, quase sem oposição. Porém, com a proximidade das eleições, chegou a fatura. O governador vem sendo pressionado pelos dois lados, porém se recusa a falar de eleição, para minimizar as inevitáveis perdas que sua decisão acarretará.
O tempo para o rompimento do silêncio, entretanto, está se esgotando. Com as convenções que oficializarão as chapas se aproximando, o PSDB aumenta a pressão. "O governador não pode esperar mais. Nossa convenção está marcada para o dia 19. Até lá, tudo terá que ser resolvido", afirmou o líder do PSDB na Assembleia Legislativa, João Jaime.
Segundo ele, se Pimentel for mesmo confirmado na chapa de Cid, o PSDB deverá lançar candidato próprio ao governo. Estão colocados os nomes do ex-deputado estadual Marcos Cals e do empresário Beto Studart. Também há a possibilidade, menor, de apoio ao ex-governador Lúcio Alcântara, ex-tucano e hoje no PR. Ele teria se oferecido para encabeçar uma chapa composta pelo candidato ao Senado que for preterido por Cid, seja Pimentel ou Tasso.
De acordo com Jaime, uma conversa definitiva entre Cid e Tasso deve ocorrer nos próximos dias. Ele afirmou ainda que o PSDB local não trabalha com a hipótese de que Tasso aceite ser o vice de Serra, possibilidade que ganhou força nos últimos dias na boca do governador de Minas Gerais, Aécio Neves.
Estrategicamente ou não, o fato é que a convenção que lançará a candidatura de Cid Gomes à reeleição foi marcada para 27 de junho, ou seja, três dias antes do fim do prazo estabelecido na legislação eleitoral. A versão corrente no Ceará é de que o governador irá segurar o máximo que puder para divulgar sua chapa. Dessa forma, ele praticamente eliminaria a viabilidade eleitoral de qualquer adversário.
Independentemente de qualquer decisão, o PSDB se movimenta para ganhar musculatura por meio da atração de alguns partidos nanicos. Esta semana, o vice-prefeito de Fortaleza, Tin Gomes (PHS), que é primo do governador, participou de uma reunião com Tasso Jereissati, onde se tratou de potenciais alianças para as eleições proporcionais.
Questionado se encontro poderia gerar irritação na prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), ferrenha adversária de Tasso, o vice-prefeito ironizou. Disse ao jornal O Povo que "sua mãe já havia morrido", dando a entender que uma eventual bronca da prefeita não o assustava.
Murillo Camarotto, do Recife
Com a missão de reforçar o palanque de José Serra no Ceará, o PSDB local começa a elevar o tom das cobranças ao governador Cid Gomes (PSB), para que ele se manifeste sobre a chapa que sustentará sua candidatura à reeleição. Até agora, Serra tem como único aliado de peso o senador Tasso Jereissati, o que leva líderes tucanos a sinalizarem com o lançamento de uma candidatura própria ao governo, que daria mais consistência ao palanque do presidenciável.
A posição de Cid, no entanto, é crucial para que o partido defina qual caminho seguir. O ideal para o PSDB é que o governador confirme o apoio a apenas um candidato ao Senado: o do deputado federal Eunício Oliveira (PMDB). Isso deixaria o caminho livre para a reeleição de Tasso, amigo de longa data dos Gomes.
O problema é que o PT, aliado e dono da vaga de vice de Cid, rejeita a possibilidade. Quer a chapa majoritária do governador com o ex-ministro da Previdência José Pimentel (PT) para o Senado.
O apoio de petistas e tucanos proporcionou a Cid uma gestão tranquila, quase sem oposição. Porém, com a proximidade das eleições, chegou a fatura. O governador vem sendo pressionado pelos dois lados, porém se recusa a falar de eleição, para minimizar as inevitáveis perdas que sua decisão acarretará.
O tempo para o rompimento do silêncio, entretanto, está se esgotando. Com as convenções que oficializarão as chapas se aproximando, o PSDB aumenta a pressão. "O governador não pode esperar mais. Nossa convenção está marcada para o dia 19. Até lá, tudo terá que ser resolvido", afirmou o líder do PSDB na Assembleia Legislativa, João Jaime.
Segundo ele, se Pimentel for mesmo confirmado na chapa de Cid, o PSDB deverá lançar candidato próprio ao governo. Estão colocados os nomes do ex-deputado estadual Marcos Cals e do empresário Beto Studart. Também há a possibilidade, menor, de apoio ao ex-governador Lúcio Alcântara, ex-tucano e hoje no PR. Ele teria se oferecido para encabeçar uma chapa composta pelo candidato ao Senado que for preterido por Cid, seja Pimentel ou Tasso.
De acordo com Jaime, uma conversa definitiva entre Cid e Tasso deve ocorrer nos próximos dias. Ele afirmou ainda que o PSDB local não trabalha com a hipótese de que Tasso aceite ser o vice de Serra, possibilidade que ganhou força nos últimos dias na boca do governador de Minas Gerais, Aécio Neves.
Estrategicamente ou não, o fato é que a convenção que lançará a candidatura de Cid Gomes à reeleição foi marcada para 27 de junho, ou seja, três dias antes do fim do prazo estabelecido na legislação eleitoral. A versão corrente no Ceará é de que o governador irá segurar o máximo que puder para divulgar sua chapa. Dessa forma, ele praticamente eliminaria a viabilidade eleitoral de qualquer adversário.
Independentemente de qualquer decisão, o PSDB se movimenta para ganhar musculatura por meio da atração de alguns partidos nanicos. Esta semana, o vice-prefeito de Fortaleza, Tin Gomes (PHS), que é primo do governador, participou de uma reunião com Tasso Jereissati, onde se tratou de potenciais alianças para as eleições proporcionais.
Questionado se encontro poderia gerar irritação na prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), ferrenha adversária de Tasso, o vice-prefeito ironizou. Disse ao jornal O Povo que "sua mãe já havia morrido", dando a entender que uma eventual bronca da prefeita não o assustava.
Nenhum comentário:
Postar um comentário