DEU NO JORNAL DO COMMERCIO (PE)
Durante convenção das oposições, ao lado dos demais integrantes da chapa, peemedebista faz a convocação para que os militantes “cerrem fileira” ao longo da campanha ao governo do Estado
Cecília Ramos
Não teve floreio, rodeios ou choramingo. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) não “conversou água”. Oficializado candidato ao governo, ontem, foi direto ao ponto: “Meu apelo é para que vocês cerrem fileira. Não vão nessa onda de que a nossa campanha vai ser fraca. Eu nunca fui homem de esmorecer, sempre fui um lutador na oposição e no poder”. O apelo à militância foi feito durante o seu rápido discurso de 12 minutos, “para não cansar vocês”, na convenção das oposições (PMDB/PSDB/DEM/PPS/PMN), ontem, que lotou o Clube Atlético de Amadores, em Afogados.
Em um palco pequeno para tanta gente, Jarbas estava espremido ao lado dos seus companheiros de chapa, a vice, Miriam Lacerda, o senador Marco Maciel (ambos do DEM) e o esperado titular da segunda vaga, Raul Jungmann (PPS), cuja negociação foi fechada na véspera da convenção.
Durante convenção das oposições, ao lado dos demais integrantes da chapa, peemedebista faz a convocação para que os militantes “cerrem fileira” ao longo da campanha ao governo do Estado
Cecília Ramos
Não teve floreio, rodeios ou choramingo. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) não “conversou água”. Oficializado candidato ao governo, ontem, foi direto ao ponto: “Meu apelo é para que vocês cerrem fileira. Não vão nessa onda de que a nossa campanha vai ser fraca. Eu nunca fui homem de esmorecer, sempre fui um lutador na oposição e no poder”. O apelo à militância foi feito durante o seu rápido discurso de 12 minutos, “para não cansar vocês”, na convenção das oposições (PMDB/PSDB/DEM/PPS/PMN), ontem, que lotou o Clube Atlético de Amadores, em Afogados.
Em um palco pequeno para tanta gente, Jarbas estava espremido ao lado dos seus companheiros de chapa, a vice, Miriam Lacerda, o senador Marco Maciel (ambos do DEM) e o esperado titular da segunda vaga, Raul Jungmann (PPS), cuja negociação foi fechada na véspera da convenção.
Mesmo cercado por adversidades, Jarbas garantiu que sua disposição para “a luta desigual” é “com vontade”. E prometeu percorrer o Estado “de ponta a ponta” nesta eleição contra o governador Eduardo Campos (PSB). “Vou pedir o voto quando o voto for difícil e também favorável”. Em uma estocada no adversário, soltou que “a outra convenção é chapa branca”.
“Aqui, ninguém veio atraído por dinheiro ou emprego”.
Até dois meses atrás, Jarbas negava-se a disputar o governo pela quarta vez. Duas vezes ex-governador, duas vezes ex-prefeito, deputado, senador, entendia que sua missão estava cumprida.
Queria, agora, cuidar da vida pessoal. Mas prometeu que se entrasse na disputa era para ter jogo e não “para fazer figuração”. Ontem, ele repetiu que volta ao palanque “a pedido do povo de Pernambuco”. E relatou que está animado com suas andanças pelo Estado. “Estive no Sertão e fui recebido com alegria, respeito e admiração”. O adversário, Eduardo, costuma dizer que “ninguém está com saudade do passado”.
A julgar pelo discurso de Jarbas, de brigar pelo voto, de jogar o jogo e não dá-lo como perdido diante do favoritismo do rival, ele promete um embate. Pernambuco inteiro sabe que Jarbas derrotou Arraes, avô de Eduardo, por uma diferença superior a 1 milhão de votos, na eleição estadual de 1998. Até seis anos antes todos faziam parte do mesmo palanque. Embora Jarbas e Eduardo neguem, esta eleição tem esse componente de “acerto de contas”. Ontem, Jarbas passou o seu recibo. Em entrevista, após o evento, disse viver seu momento “mais duro” como oposição. A maior adversidade desta campanha, disse, é “lutar uma luta desigual”. “Já fui oposição várias vezes, mas esta é pior porque o governo (Eduardo) não vai atrás de adesão, mas de cooptação. Adesão é uma coisa, cooptação é outra”. O peemedebista refere-se às constantes baixas que sofre na sua base. É o chamado “virar a casaca”, sempre favorável a quem está no poder.
Já em sua casa, no Rosarinho, Jarbas desabafou, ontem à noite: “Eu estava tenso, cansado (na convenção). Esta fase de pré-campanha não foi brincadeira, tive dificuldades para fechar a chapa e tantas outras. Então, tive que mexer com a militância, convocar”, disse ao JC, por telefone. Ele segue hoje para São Paulo, onde se reunirá com o comando da campanha do candidato à Presidência José Serra (PSDB). Retorna ao Recife amanhã, após o jogo do Brasil.
Até dois meses atrás, Jarbas negava-se a disputar o governo pela quarta vez. Duas vezes ex-governador, duas vezes ex-prefeito, deputado, senador, entendia que sua missão estava cumprida.
Queria, agora, cuidar da vida pessoal. Mas prometeu que se entrasse na disputa era para ter jogo e não “para fazer figuração”. Ontem, ele repetiu que volta ao palanque “a pedido do povo de Pernambuco”. E relatou que está animado com suas andanças pelo Estado. “Estive no Sertão e fui recebido com alegria, respeito e admiração”. O adversário, Eduardo, costuma dizer que “ninguém está com saudade do passado”.
A julgar pelo discurso de Jarbas, de brigar pelo voto, de jogar o jogo e não dá-lo como perdido diante do favoritismo do rival, ele promete um embate. Pernambuco inteiro sabe que Jarbas derrotou Arraes, avô de Eduardo, por uma diferença superior a 1 milhão de votos, na eleição estadual de 1998. Até seis anos antes todos faziam parte do mesmo palanque. Embora Jarbas e Eduardo neguem, esta eleição tem esse componente de “acerto de contas”. Ontem, Jarbas passou o seu recibo. Em entrevista, após o evento, disse viver seu momento “mais duro” como oposição. A maior adversidade desta campanha, disse, é “lutar uma luta desigual”. “Já fui oposição várias vezes, mas esta é pior porque o governo (Eduardo) não vai atrás de adesão, mas de cooptação. Adesão é uma coisa, cooptação é outra”. O peemedebista refere-se às constantes baixas que sofre na sua base. É o chamado “virar a casaca”, sempre favorável a quem está no poder.
Já em sua casa, no Rosarinho, Jarbas desabafou, ontem à noite: “Eu estava tenso, cansado (na convenção). Esta fase de pré-campanha não foi brincadeira, tive dificuldades para fechar a chapa e tantas outras. Então, tive que mexer com a militância, convocar”, disse ao JC, por telefone. Ele segue hoje para São Paulo, onde se reunirá com o comando da campanha do candidato à Presidência José Serra (PSDB). Retorna ao Recife amanhã, após o jogo do Brasil.
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