DEU EM O GLOBO
Justiça Federal autorizou quebra de sigilo telefônico de Atella
Sérgio Roxo
SÃO PAULO. Sérgio Rosenthal, advogado de Verônica Serra, filha do candidato José Serra, e do marido dela, Alexandre Bourgeois, disse ontem que pretende fazer uma investigação paralela à da Polícia Federal para descobrir o destino dos dados fiscais de seus clientes, obtidos com procurações falsas pelo suposto contador Antônio Carlos Atella Ferreira, na agência da Receita Federal de Santo André, em setembro de 2009.
Pretendemos fazer uma investigação paralela, muito minuciosa, para que possamos descobrir qual foi a utilização dessas informações sigilosas.
Portanto, vamos analisar todo o material levantado disse o advogado, após acompanhar o depoimento da filha e do genro de Serra, na sede da PF, em São Paulo, ontem.
Rosenthal negou que a decisão de iniciar a apuração paralela signifique que ele duvide da investigação da Polícia Federal.
Não há qualquer desconfiança do trabalho desenvolvido. Nosso único intuito é auxiliar.
Segundo ele, o delegado Hugo Uruguai, responsável pelo inquérito, deu a entender que Atella, filiado ao PT, será indiciado. Rosenthal disse que a Justiça Federal autorizou a quebra dos sigilos telefônicos de Atella e de outras pessoas envolvidas no caso, como o office-boy Ademir Cabral. O objetivo é saber com quem os envolvidos conversaram na época em que os dados foram violados.
Verônica e Alexandre Bourgeois prestaram depoimento ontem na PF para formalizar a acusação de violação de dados fiscais.
Eles jamais outorgaram procuração ao senhor Atella Ferreira, não conhecem essa pessoa, e as assinaturas nos documentos são absolutamente falsas disse o advogado.
O casal também ofereceu material para exame grafotécnico, com o objetivo de comprovar que as assinaturas nas procurações são falsas.
Eles entraram de carro na PF e não tiveram contato com a imprensa.
O advogado alegou que queriam preservar a intimidade.
Rosenthal disse que os indícios apontam para uso político das informações levantadas, mas afirmou que ainda é precipitado concluir algo.
É muito difícil dizer que se trata de um crime político. Pelo fato de terem sido violados os sigilos da filha e do genro de um candidato à Presidência, assim como de outras pessoas ligadas a um partido político, parece que é possível inferir que há conotação política nesses fatos.
Além disso, acho que seria precipitado tirar qualquer conclusão.
Justiça Federal autorizou quebra de sigilo telefônico de Atella
Sérgio Roxo
SÃO PAULO. Sérgio Rosenthal, advogado de Verônica Serra, filha do candidato José Serra, e do marido dela, Alexandre Bourgeois, disse ontem que pretende fazer uma investigação paralela à da Polícia Federal para descobrir o destino dos dados fiscais de seus clientes, obtidos com procurações falsas pelo suposto contador Antônio Carlos Atella Ferreira, na agência da Receita Federal de Santo André, em setembro de 2009.
Pretendemos fazer uma investigação paralela, muito minuciosa, para que possamos descobrir qual foi a utilização dessas informações sigilosas.
Portanto, vamos analisar todo o material levantado disse o advogado, após acompanhar o depoimento da filha e do genro de Serra, na sede da PF, em São Paulo, ontem.
Rosenthal negou que a decisão de iniciar a apuração paralela signifique que ele duvide da investigação da Polícia Federal.
Não há qualquer desconfiança do trabalho desenvolvido. Nosso único intuito é auxiliar.
Segundo ele, o delegado Hugo Uruguai, responsável pelo inquérito, deu a entender que Atella, filiado ao PT, será indiciado. Rosenthal disse que a Justiça Federal autorizou a quebra dos sigilos telefônicos de Atella e de outras pessoas envolvidas no caso, como o office-boy Ademir Cabral. O objetivo é saber com quem os envolvidos conversaram na época em que os dados foram violados.
Verônica e Alexandre Bourgeois prestaram depoimento ontem na PF para formalizar a acusação de violação de dados fiscais.
Eles jamais outorgaram procuração ao senhor Atella Ferreira, não conhecem essa pessoa, e as assinaturas nos documentos são absolutamente falsas disse o advogado.
O casal também ofereceu material para exame grafotécnico, com o objetivo de comprovar que as assinaturas nas procurações são falsas.
Eles entraram de carro na PF e não tiveram contato com a imprensa.
O advogado alegou que queriam preservar a intimidade.
Rosenthal disse que os indícios apontam para uso político das informações levantadas, mas afirmou que ainda é precipitado concluir algo.
É muito difícil dizer que se trata de um crime político. Pelo fato de terem sido violados os sigilos da filha e do genro de um candidato à Presidência, assim como de outras pessoas ligadas a um partido político, parece que é possível inferir que há conotação política nesses fatos.
Além disso, acho que seria precipitado tirar qualquer conclusão.
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