DEU NA FOLHA DE S. PAULO
SÃO PAULO - Até acreditei quando, tempos atrás, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não haveria "trogloditas" na campanha eleitoral deste ano. Entre os candidatos talvez não haja mesmo. Mas o próprio presidente incumbiu-se de introduzir uma boa dose de "trogloditismo" com a sua pregação a favor da extinção do DEM.
É verdade que Jorge Bornhausen, o então presidente do partido, quando ainda não se chamava DEM, havia feito afirmação bastante semelhante no auge do escândalo do mensalão.
Mas o que se espera de um presidente da República é que contribua para elevar o nível do debate político em vez de fazê-lo retroagir à era das cavernas.
Já Erenice Guerra dá sua inestimável contribuição para a baixaria ao esquivar-se de explicações no caso em que sua família foi envolvida, preferindo a velhíssima tática, tão cara ao PT, de partir para o ataque como melhor defesa.
Foi o que sempre fez o lulo-petismo, inclusive no caso do mensalão: inventaram uma suposta conspiração da mídia, quando o que havia era uma conspiração dos fatos. Tanto que o próprio Lula foi à televisão para pedir desculpas pelo que o partido fizera.
Ao afirmar em nota oficial que há uma "impressionante e indisfarçável campanha de difamação", a chefe da Casa Civil apenas repete a teoria da conspiração.
Pior: atribui a campanha a um candidato "aético e já derrotado". Todo candidato, vitorioso ou derrotado, tem a obrigação -assim como a mídia independente- de cobrar explicações de todo governo, popular ou não.
Foi, por exemplo, o que o PT de Lula, derrotado então, não parou de fazer com Fernando Collor.
Ou, depois, também derrotado, com Fernando Henrique Cardoso. O governo de Lula e Erenice pode ser imensamente popular, mas não é inimputável.
SÃO PAULO - Até acreditei quando, tempos atrás, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não haveria "trogloditas" na campanha eleitoral deste ano. Entre os candidatos talvez não haja mesmo. Mas o próprio presidente incumbiu-se de introduzir uma boa dose de "trogloditismo" com a sua pregação a favor da extinção do DEM.
É verdade que Jorge Bornhausen, o então presidente do partido, quando ainda não se chamava DEM, havia feito afirmação bastante semelhante no auge do escândalo do mensalão.
Mas o que se espera de um presidente da República é que contribua para elevar o nível do debate político em vez de fazê-lo retroagir à era das cavernas.
Já Erenice Guerra dá sua inestimável contribuição para a baixaria ao esquivar-se de explicações no caso em que sua família foi envolvida, preferindo a velhíssima tática, tão cara ao PT, de partir para o ataque como melhor defesa.
Foi o que sempre fez o lulo-petismo, inclusive no caso do mensalão: inventaram uma suposta conspiração da mídia, quando o que havia era uma conspiração dos fatos. Tanto que o próprio Lula foi à televisão para pedir desculpas pelo que o partido fizera.
Ao afirmar em nota oficial que há uma "impressionante e indisfarçável campanha de difamação", a chefe da Casa Civil apenas repete a teoria da conspiração.
Pior: atribui a campanha a um candidato "aético e já derrotado". Todo candidato, vitorioso ou derrotado, tem a obrigação -assim como a mídia independente- de cobrar explicações de todo governo, popular ou não.
Foi, por exemplo, o que o PT de Lula, derrotado então, não parou de fazer com Fernando Collor.
Ou, depois, também derrotado, com Fernando Henrique Cardoso. O governo de Lula e Erenice pode ser imensamente popular, mas não é inimputável.
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