Freire: Afirmações como essas (de FHC e Aécio) expõem a oposição ao ridículo
Valéria de Oliveira
“É um grave equívoco que beira ao adesismo”, reagiu o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), à proposta do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de formar um pacto pela governabilidade ou buscar convergências para aprofundar a “faxina” em órgãos públicos e aprovar reformas.
Freire afirmou que “oposição não convoca governo” e que mesmo que o discurso procure “dourar a pílula”, a ideia de adesismo é a que se sobressai. “Afirmações como essas (de FHC e Aécio) expõem a oposição ao ridículo, ao deboche do PT e ao desdém da presidente Dilma”.
“É difícil acreditar!”, disse Freire. Ele lembrou que o PSDB quase cometeu erro semelhante quando foi chamado pelo então presidente Fernando Collor a colaborar com o governo dele. “Não pode incorrer no erro de se oferecer” para ajudar a administração do PT.
“Se um governo precisar, ele é que chama a oposição e esta estuda a situação antes de tomar uma decisão”, observa Roberto Freire. As declarações de FHC e Aécio “no mínimo causam danos à oposição, desarma-a e arma o adversário”, lamentou.
O senador Aécio Neves defendeu o “pacto de governabilidade” em palestra que proferiu na Federação das Indústrias de Minas Gerais. Ele disse que falta ao governo “coragem” para chamar a oposição e “acertar” o tal pacto.
Fernando Henrique foi mais comedido. Disse, também em Belo Horizonte, em evento no qual foi homenageado, que um acordo da oposição com o Executivo dependia “um pouco da atitude do próprio governo, de querer realmente fazer a faxina”.
FHC afirmou que se a presidente quisesse avançar mais na “faxina” seria bom “buscar convergências”. O ex-presidente frisou que o gesto não poderia ser confundido com adesismo.
FONTE: PORTAL DO PPS
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