"A presidente Dilma capitulou, submeteu-se à chantagem de sua base aliada. Sua famosa "faxina" limitou-se a jogar a sujeira para debaixo do tapete. Deixar uma limpeza pela metade é pior do que não fazer limpeza alguma. Infelizmente, tudo não passava de um jogo de cena. Um arroubo moralizador, sem maiores conseqüências.
Lula foi conivente com a corrupção e, ao não reprimi-la, o ex-presidente estimulou toda sorte de práticas espúrias. Dilma tentou criar o contraponto, dar uma marca de seriedade ao seu governo, mas refugou no primeiro obstáculo.
A base de apoio ao governo Dilma é artificial, uma colcha de retalhos de interesses conflitantes. Como eu disse, recentemente, é uma herança maldita. Sem o oxigênio da corrupção, sem moeda de troca da liberação das emendas dirigidas, sem o ‘toma-lá-da-cá’, fica insustentável a manutenção dessa base fisiológica, fragmentada em dezenas de partidos,
O PMDB se entregou de corpo e alma aos governos Lula e Dilma. O presidente licenciado do partido é o vice-presidente da República (Michel Temer). Fica difícil o PMDB se dissociar do governo agora.”
Jarbas Vasconcelos, senador (PMDB-PE) ontem em discurso no Senado, Jornal do Commercio (PE), 1/9/2011.
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