BRASÍLIA – Após perder a relatoria da comissão que analisará as mudanças no Código de Processo Civil, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) costurou um manifesto assinado pela bancada fluminense do PMDB na Câmara com uma série de embaraços para o governo. Os oito deputados anunciam que poderão trabalhar contra a prorrogação da emenda da Desvinculação de Receitas da União (DRU), defendida pela presidente Dilma Rousseff (PT), e ameaçam assinar a CPI da Corrupção. Pedem ainda que o PMDB entregue os cargos no governo, alegando que o partido não está representado adequadamente.
Segundo Cunha, o manifesto não é uma retaliação à sua retirada da relatoria, mas parte do jogo político no qual a bancada mostra o que pensa sobre os temas abordados. “Entendemos também que apoio ao governo não significa deixar de apurar e investigar qualquer denúncia existente, seja por instrumento tradicional, ou seja por CPI, se for do entendimento de cada parlamentar”, diz o manifesto.
Eduardo Cunha afirma que não pretende assinar a CPI da Corrupção, mas o manifesto deixou os deputados livres para assinar.
Até agora, da bancada do PMDB do Rio, apenas o deputado Nelson Bournier assinou. “Não vou assinar, mas, se alguém quiser assinar, que assine. Nós, da bancada, sempre procuramos tomar decisões conjuntas. Decidimos deixar que cada um avalie. O deputado Bournier, que assinou, não precisa retirar”, disse Cunha.
Agora, o governo corre contra o tempo para prorrogar a DRU até 31 de dezembro de 2015.
FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)
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