SÃO PAULO - Autor da primeira tentativa de taxar grandes fortunas, quando ainda era senador, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) é favorável ao tributo "como forma de demonstrar solidariedade aos não ricos".
Seu projeto para tributar fortunas foi o único a ser levado à votação e foi aprovado no Senado. Recebeu emendas em comissões da Câmara e teve o carimbo "pronto para pauta" em dezembro de 2000. Mas não chegou ao plenário. A mais recente tentativa foi feita por Cláudio Puty (PT-BA).
FHC afirma que encontrou dificuldades em levar o assunto adiante mesmo depois de eleito.
"A oposição à constituição deste imposto era forte, não só no legislativo, mas também entre os técnicos da Receita e de outros departamentos", afirma.
Segundo o ex-presidente, o argumento era de que seria possível aos milionários registrar seu patrimônio em nome de empresas sediadas no exterior ou questionar na Justiça a tributação, uma vez que já se paga imposto de renda e, portanto, seria um contribuição em dobro.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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