O ministro do Esporte, Orlando Silva disse que é vitima de "linchamento" e que querem tirá-lo no "grito". Ele cobrou prova do PM que o acusa de receber propina. A Procuradoria disse que deve pedir a abertura de inquérito contra Silva.
Ministro diz que querem tirá-lo no "grito"
Orlando Silva afirma ser vítima de linchamento e cobra provas do policial que o acusa de participar de fraudes
Titular do Esporte vai ao Congresso pelo segundo dia seguido e diz que quer "encerrar" explicações sobre caso
Andréia Sadi, Renato Machado
BRASÍLIA - O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou ontem que é vítima de um "linchamento público", "sem provas" e quer encerrar nesta semana as explicações sobre as denúncias de que teria recebido recursos desviados do programa Segundo Tempo.
Pelo segundo dia seguido, o ministro esteve no Congresso para rebater as acusações.
"Onde estão as provas? Desafio o registro da minha voz, da minha imagem. [...] Pretende-se tirar um ministro de Estado no grito, basta a acusação", questionou o ministro aos senadores.
Orlando disse que decidiu não processar a revista "Veja". No fim de semana, a publicação trouxe uma entrevista com o policial militar João Dias Ferreira, na qual ele acusa o ministro de participar de desvios na pasta.
O titular do Esporte afirmou, porém, que a AGU (Advocacia-Geral da União) vai entrar com uma queixa-crime contra Ferreira e Célio Soares Pereira, funcionário do policial que disse ter entregue dinheiro ao ministro na garagem da pasta.
Orlando explicou a compra de um terreno em Campinas (SP) à vista por R$ 370 mil, onde ergue uma casa.
"É uma casa modesta. Esse imóvel está sendo construído e será a primeira casa que terei, com toda poupança que juntei na vida", disse o ministro, que recebeu apoio de senadores do PC do B.
Apesar de estar no centro de mais uma crise na Esplanada, o ministro disse que mantém a coordenação dos trabalhos da Copa de 2014.
"A atribuição que tenho me foi oferecida pela presidente Dilma na primeira reunião de governo e foi instituída através de decreto presidencial"", afirmou.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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