quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Banco Central corta mais 0,5 ponto e taxa cai a 11% no país

Pela terceira vez consecutiva, o Banco Central reduziu em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, que caiu para 11% ao ano. O anúncio reafirma estratégia para conter a inflação e atenuar o impacto da crise externa na economia do país.

A taxa serve de base para instituições financeiras definirem quanto cobram em seus empréstimos. Na prática, o consumidor paga juros reais maiores.

Novo corte do BC reduz taxa de juros a 11%

Banco Central reafirma estratégia para conter a inflação e atenuar impacto da crise sobre a economia brasileira

Maioria dos analistas do mercado aguardava movimento e aposta em novos cortes no início do próximo ano

Eduardo Cucolo

BRASÍLIA - O Banco Central anunciou ontem o terceiro corte consecutivo de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros da economia, reduzindo-a para 11% ao ano.

A decisão já era esperada pela maioria dos analistas do mercado financeiro, que apostam em novos cortes no início do próximo ano.

Em comunicado, o BC reafirmou a estratégia que adotou neste ano para conter a inflação e atenuar o impacto do agravamento da crise internacional sobre o Brasil.

Segundo o Copom (Comitê de Política Monetária), será possível reduzir a inflação no ano que vem para índices próximos do centro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%, mesmo reduzindo os juros e estimulando a atividade econômica.

O Copom é composto pelos diretores do BC e é responsável pela fixação da taxa básica de juros da economia.

Essa taxa baliza a remuneração que os bancos cobram ao conceder empréstimos às pessoas físicas e às empresas. A taxa de juros real equivale ao juro básico da economia, descontada a inflação.

Desde que começou a baixar os juros em agosto, a instituição tomou outras medidas para segurar a economia, removendo restrições à oferta de crédito que haviam sido impostas no início do ano.

Projeções oficiais e do mercado financeiro indicam que a economia encolheu no trimestre encerrado em setembro. Em 2010, o país cresceu num ritmo duas vezes mais acelerado que o deste ano.

Embora a inflação medida pelo IPCA, índice oficial de preços, ainda esteja próxima de 7% os preços desaceleraram em outubro.

FONTE: FOLHA DE S. PAULO

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