Pela terceira vez consecutiva, o Banco Central reduziu em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, que caiu para 11% ao ano. O anúncio reafirma estratégia para conter a inflação e atenuar o impacto da crise externa na economia do país.
A taxa serve de base para instituições financeiras definirem quanto cobram em seus empréstimos. Na prática, o consumidor paga juros reais maiores.
Novo corte do BC reduz taxa de juros a 11%
Banco Central reafirma estratégia para conter a inflação e atenuar impacto da crise sobre a economia brasileira
Maioria dos analistas do mercado aguardava movimento e aposta em novos cortes no início do próximo ano
Eduardo Cucolo
BRASÍLIA - O Banco Central anunciou ontem o terceiro corte consecutivo de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros da economia, reduzindo-a para 11% ao ano.
A decisão já era esperada pela maioria dos analistas do mercado financeiro, que apostam em novos cortes no início do próximo ano.
Em comunicado, o BC reafirmou a estratégia que adotou neste ano para conter a inflação e atenuar o impacto do agravamento da crise internacional sobre o Brasil.
Segundo o Copom (Comitê de Política Monetária), será possível reduzir a inflação no ano que vem para índices próximos do centro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%, mesmo reduzindo os juros e estimulando a atividade econômica.
O Copom é composto pelos diretores do BC e é responsável pela fixação da taxa básica de juros da economia.
Essa taxa baliza a remuneração que os bancos cobram ao conceder empréstimos às pessoas físicas e às empresas. A taxa de juros real equivale ao juro básico da economia, descontada a inflação.
Desde que começou a baixar os juros em agosto, a instituição tomou outras medidas para segurar a economia, removendo restrições à oferta de crédito que haviam sido impostas no início do ano.
Projeções oficiais e do mercado financeiro indicam que a economia encolheu no trimestre encerrado em setembro. Em 2010, o país cresceu num ritmo duas vezes mais acelerado que o deste ano.
Embora a inflação medida pelo IPCA, índice oficial de preços, ainda esteja próxima de 7% os preços desaceleraram em outubro.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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