RIO - O deputado federal Anthony Garotinho (PR) e o ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) anunciaram ontem uma aliança para as eleições municipais em todo o Estado e se esforçaram em relevar as críticas trocadas no passado.
A união, dizem, visa a enfraquecer o governador Sérgio Cabral (PMDB). No início do encontro dos dois partidos, Maia e seu filho, Rodrigo Maia, chegaram a ser vaiados por integrantes do PR num centro de convenções no centro do Rio.
"Tratamos da eleição municipal e da oposição ao PMDB. É mais importante do que as divergências do passado", disse Maia. Garotinho citou exemplo do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), para explicar a união dos antigos desafetos.
"Nossas diferenças nunca chegaram ao nível das do próprio prefeito Eduardo Paes com o Lula. Dona Marisa não queria nem vir ao Rio por causa das ofensas que Paes fez ao filho do Lula. Isso foi superado, faz parte do jogo da política."
No passado, o líder do PR disse que Maia tinha "imaginação descontrolada" e estava acostumado a "criar mentiras". O ex-prefeito, por sua vez, já ameaçou pedir a prisão de seu atual aliado do PR.
Os dois ontem se concentraram em criticar Cabral e Paes. Garotinho chamou o governador de "sanguinário, covarde e cruel", e o prefeito do Rio, de "subserviente" e "submisso".
O deputado federal Rodrigo Maia (DEM) e a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR), que devem formar a chapa para a capital, foram coadjuvantes na cerimônia que criou a Aliança Republicana, Democrática e Popular. Ela não confirmou se será vice na chapa.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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