Prioridade é votar Lei Geral da Copa; novo líder sugere levar ministros à Câmara e aliados ao Planalto
Luiza Damé
BRASÍLIA. O novo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), começa a semana empenhado em acalmar os ânimos na base aliada, prometendo abrir canal direto com os ministros. Chinaglia, cuja prioridade é destravar a votação da Lei Geral da Copa, disse que pretende convidar ministros para despachar na Câmara e já falou sobre o assunto com os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Também pretende levar aliados para reuniões no Planalto.
- Quando fui líder do governo Lula, vez por outra, levava um ministro para a Câmara. Já falei sobre isso com o Mercadante, o Aguinaldo e com a Ideli. Não é obrigatório, mas quando possível, farei. Quando o assunto for mais pesado, vamos fazer o inverso e levar o colégio para reuniões no Planalto com um ou mais ministros.
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), também pretende trabalhar para afinar a relação do governo com parlamentares e chamar para o diálogo setores independentes dos partidos aliados. Braga também quer levar ministros para encontros com os senadores. Chinaglia afirmou que, nesta semana, a prioridade será destravar a votação da Lei Geral da Copa. Ele passou o fim de semana conversando com líderes e com o relator do projeto, Vicente Cândido (PT-SP). Hoje deve se reunir com o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), para tratar das votações.
- Vou tentar fechar posição com os líderes da base e produzir um acordo - disse Chinaglia.
Ainda hoje, os líderes do governo (Chinaglia, Braga e José Pimentel), do PMDB (Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros) e do PT (Jilmar Tatto e Walter Pinheiro) se reúnem com Ideli para preparar a semana no Congresso. Amanhã, a reunião será com líderes na Cãmara.
Os planos de votar a Lei da Copa podem esbarrar em outro projeto: o Código Florestal. Os ruralistas ameaçam obstruir os trabalhos caso não haja disposição do governo em fazer acordo. O governo não quer alterações no texto modificado pelo Senado, mas os ruralistas têm pressionando para a volta de pontos do projeto original.
FONTE: O GLOBO
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