Simone Iglesias, Maria Clara Cabral
BRASÍLIA - Apesar de aliado nacionalmente ao PT, o PMDB se juntará à oposição ao governo Dilma Rousseff em 12 capitais nas eleições de outubro.
Levantamento da Folha indica que em São Paulo, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Natal, Vitória, Belém, Cuiabá, Campo Grande, Porto Velho e Macapá os peemedebistas estão em negociação com DEM e PSDB.
Em meio à crise com os petistas, o PMDB anunciou ontem que terá "comissões de acompanhamento" nos Estados para tentar impedir que os candidatos petistas se apropriem de temas nacionais, usando eventuais avanços do governo federal nas disputas municipais.
Peemedebistas reclamam que ministros do PT vão aos Estados tendo o que mostrar a seus eleitores, enquanto os ministros do PMDB não conseguem dividendos políticos, seja por falta de liberação de verbas ou por estarem em pastas de pouca visibilidade.
São Paulo é um caso emblemático da briga: Gabriel Chalita (PMDB) e Fernando Haddad (PT) dizem que não vão abrir mão de suas candidaturas. E as negociações para que Rodrigo Garcia (DEM) seja vice de Chalita pioram ainda mais a relação.
A influência do Planalto na disputa acirrou os ânimos. Com o objetivo de blindar Haddad contra críticas dos evangélicos, foi nomeado ministro da Pesca Marcelo Crivella, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus e um dos principais representantes dos evangélicos no Congresso.
Em Salvador (BA), PMDB, DEM e PSDB devem concorrer em aliança única. ACM Neto (DEM), pré-candidato à prefeitura, possivelmente contará com o apoio de um dos principais peemedebistas, Geddel Vieira Lima, contra o candidato do governador petista, Jaques Wagner.
Em Porto Alegre, PSDB, DEM e PPS podem se unir ao PMDB se o partido lançar Ibsen Pinheiro.
Outro exemplo da divergência é Porto Velho (RO). Lá, dois peemedebistas são cotados como candidatos: Abelardo Castro e David Chiquilito. O que for escolhido terá o apoio de PSDB e DEM.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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