Partidos da centro-esquerda, aliados aos verdes, avançaram com força para o segundo turno em grande parte das 768 prefeituras onde ocorreram eleições na Itália no domingo e na segunda-feira, informou a agência Ansa, ao citar contagens parciais dos votos. A centro-esquerda ou até mesmo a esquerda parecem na iminência de conquistar as Prefeituras de Palermo, Gênova e Parma no segundo turno. Se nenhum candidato obtiver mais de 50% dos votos, ocorrerá segundo turno no dia 20 de maio. A participação do eleitorado foi de 66,9% e ficou abaixo dos 73,7% de participação da última eleição. Cerca de 7,1 milhões de italianos votaram ontem e hoje, ou 15% do eleitorado total do país. Roma, Milão, Turim e Nápoles elegeram os prefeitos no ano passado.
"Tivemos uma derrota nessa eleição. Pagamos um preço que sabemos pagar pelo bem da Itália. Mas não foi uma derrota total", disse Angelino Alfano, secretário-geral do Partido Povo da Liberdade (PDL, na sigla em italiano), de centro-direita e do ex-premiê Silvio Berlusconi. Alfano disse que o partido pagou o preço porque apoiou e apoiará até 2013 o governo do primeiro-ministro tecnocrata Mario Monti, que adotou fortes medidas de austeridade.
A Liga do Norte, partido de direita recentemente abalado por um escândalo de corrupção, só conseguiu eleger o prefeito de Verona, Flávio Tosi, com 55,7% dos votos no primeiro turno. Projeções feitas pelos institutos de pesquisa para a emissora estatal de televisão, RAI, indicam que haverá segundo turno em Gênova, onde o candidato de centro-esquerda Marco Doria obteve 46,5% dos votos (o candidato de centro-direita Enrico Musso obteve 16%); Palermo, capital siciliana onde o candidato de esquerda Leoduca Orlando (do partido Itália dos Valores) obteve 46% dos votos; e Parma, onde o candidato da centro-esquerda Vincenzo Bernazzoli conquistou 35,9% dos votos e seu adversário da centro-direita, Federico Pizzarotti, ficou com 19,9%.
Em Palermo, Orlando poderá enfrentar no segundo turno o candidato da centro-esquerda, Fabrizio Ferrandelli, que tinha nesta segunda-feira 16% dos votos. O candidato da centro-direita siciliana Massimo Costa obteve 15,4 dos sufrágios, segundo contagem parcial, e não deverá ir para o segundo turno.
"Os dados mostram que existe uma forte crise na centro-direita e no PDL, que em alguns municípios caíram para 10% dos votos, e também na Liga do Norte", disse Davide Zoggia, secretário para as prefeituras do Partido Democrático (PD), o maior da centro-esquerda.
As informações são da agência Ansa.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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