Setores do partido veem proximidade do governador com PSD de Kassab
Fernanda Krakovics
BRASÍLIA. Com as vitórias do PSD de Gilberto Kassab no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), esta semana, cresce a desconfiança de setores do PT em relação ao voo próprio do presidente do PSB, governador Eduardo Campos (PE), a despeito do encontro amistoso e sorridente dele com Lula, anteontem, em São Paulo.
Campos é aliado de primeira hora de Kassab na criação do novo partido, o PSD, que ganhou na Justiça o direito a tempo de propaganda gratuita de TV e rádio nas eleições e acesso aos recursos do Fundo Partidário proporcional ao tamanho da sua bancada de deputados, que já é a quarta maior da Câmara.
Apesar de Campos ter garantido ao ex-presidente Lula que apoiará a reeleição de Dilma em 2014, a avaliação interna no PT é que ele ficará com um pé em cada canoa até a véspera da próxima eleição presidencial. Os petistas até acreditam que o governador de Pernambuco está construindo um projeto próprio mirando em 2018. Mas acham que, dependendo da conjuntura política, ele pode antecipar seus planos de se lançar candidato à Presidência da República, neste caso já em 2014. No mínimo, ele chegará à disputa com um grande poder de barganha.
O PSB rompeu a aliança com o PT em Recife e em Fortaleza, para as eleições municipais deste ano, e terá candidatos próprios nessas capitais. Antes da conversa com Campos, anteontem, Lula disse a pessoas próximas que o presidente nacional do PSB não estava cumprindo o combinado.
Anteontem, no encontro com Lula, o presidente do PSB afastou a hipótese de lançar candidatura própria em 2014, e garantiu a manutenção do partido na base aliada da presidente Dilma. Campos minimizou o desgaste com o PT em Recife.
FONTE: O GLOBO
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