Estelita Hass Carazzai
CURITIBA - Sob o comando do governador Beto Richa, o PSDB do Paraná deixou de lançar candidatos à prefeitura nas principais cidades do Estado para fortalecer a aliança em torno da reeleição do tucano, em 2014.
O plano incluiu abdicar de candidaturas até na capital Curitiba. Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu também não terão candidatos tucanos. Em troca, o partido apoia políticos do PP, DEM, PPS, PSB e PDT, entre outros.
A estratégia rachou o PSDB local. Enquanto Richa sustenta o "respeito" aos partidos aliados, alguns tucanos acusam-no de autoritarismo.
Do ano passado para cá, citam os contrariados, foram extintos diretórios municipais em 128 cidades, substituídos por comissões provisórias -nas quais a escolha de candidatos é feita por cinco membros nomeados pela executiva estadual.
"Fui minha vida inteira do PSDB. O pai de Richa [José Richa] comia quibe lá em casa", diz Hussein Bakri, ex-prefeito de União da Vitória -onde o diretório também foi extinto- e hoje filiado ao PSC.
Richa rechaça as acusações e diz que não teme a perda de lideranças -o caso mais lembrado é a saída do ex-deputado Gustavo Fruet, hoje postulante à Prefeitura de Curitiba pelo PDT. "O partido vem crescendo. Queremos passar de 40 para 80 prefeitos eleitos neste ano."
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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