quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Maia critica STF e nega existência de esquema

Em BH, Patrus Ananias afirma que julgamento não envolve o PT

Cristiane Jungblut, Amanda Almeida

BRASÍLIA e BELO HORIZONTE Um dia depois de a Executiva do PT, em nota, convocar a militância a defender o ex-presidente Lula, o partido e desfazer "mentiras", líderes petistas foram a público para negar a existência do mensalão. O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), chamou de "grande falácia" o esquema criminoso em julgamento no Supremo Tribunal Federal, enquanto o ex-ministro Patrus Ananias, candidato petista à prefeitura de Belo Horizonte, chegou a dizer que o julgamento não "envolve" o PT, que tem dois ex-presidentes (José Genoino e José Dirceu) e um ex-tesoureiro (Delúbio Soares) no banco dos réus.

Maia disse que nenhum deputado do PT recebeu recursos, na época, para votar com o governo, já que eles faziam parte do partido do presidente da República. Para ele, no julgamento do STF está ocorrendo a inversão dos fundamentos jurídicos, com réus sendo condenados, mesmo com a ausência de provas nos autos.

- Chamou-me muito a atenção o fato de voltar essa tese do mensalão. Acho isso tudo uma grande falácia. Não houve pagamentos mensais aos deputados do PT, que não tinham nenhuma necessidade de pagamento para votar com o governo - disse Maia.

Ele ainda classificou de "absurda" a informação da revista "Veja" de supostas declarações do publicitário Marcos Valério, de que o ex-presidente Lula participou do esquema:

- Essa tentativa de trazer o Lula para o debate é para criar clima de instabilidade. Não podemos deixar que isso aconteça, as eleições têm que transcorrer de forma normal.

Patrus disse que o julgamento no Supremo não prejudica as candidaturas do PT:

- Não prejudica porque está havendo um julgamento do STF, e esse julgamento não envolve o Partido dos Trabalhadores. Não envolve o presidente Lula (...) O fato de que algumas pessoas, eventualmente, tenham cometido equívocos não compromete uma instituição como o PT.

FONTE: O GLOBO

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