Não são as melhores as informações da campanha de Fernando Haddad a prefeito
de São Paulo pelo PT. O petista corre o risco de ser o primeiro do partido a
não ir ao segundo turno na cidade.
Já o marqueteiro João Santana, responsável pela propaganda de Haddad, tem
uma visão mais edulcorada para o candidato: "Haddad está no segundo turno.
Resta saber com quem. Alguns analistas deveriam parar de construir teses
apressadas".
Santana já perdeu uma vez na cidade de São Paulo, em 2008, com Marta
Suplicy. Mas ganhou as eleições presidenciais de 2006 e 2010, com Lula e Dilma
Rousseff.
Nas avaliações petistas, Celso Russomanno iniciou uma "queda constante
e consistente". No Datafolha, só agora ficou detectado esse solavanco para
o candidato do PRB.
O otimismo de Santana se dá porque Haddad começou a incorporar votos entre
simpatizantes do PT. Segundo o Datafolha, ele já encaçapou cerca de metade
desses votos.
Pela lupa de Santana, a reta final da disputa paulistana tende a ser
semelhante ao cenário descrito na Folha ontem por Mauro Paulino e Alessandro
Janoni, diretores do Datafolha: podem ficar embolados Russomanno, Haddad e José
Serra (PSDB).
No caso do petista, a ideia é tirar proveito da fama de "partido de
chegada" que o PT incorpora em algumas disputas, inflamando a militância
de rua. Mas se é assim, por que Haddad continua tão mal se comparado a outros
petistas que disputaram esse cargo? Para Santana, o petista era mais
desconhecido que os demais. Também é raro haver um candidato de extração e
acumulação populista como Russomanno.
Fala Santana: "Erra quem disser que há fadiga de material com Lula e
mensalão. Não há fenômeno de despetização. Quem apostar nisso errará
feio". O melhor, diz, é "aguardar o resultado final destas eleições
e, em especial, a presidencial e as estaduais de 2014". Aguardar e
noticiar.
Fonte: Folha de S. Paulo
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