Paola de Moura
RIO - O lançamento antecipado da pré-candidatura do senador Lindbergh Farias
(PT) ao governo do Rio de Janeiro, no domingo, revela uma guerra de bastidores
pelo apoio de importantes partidos que cresceram no Estado nas últimas
eleições. PT e PMDB batalham para atrair ou manter em suas coligações o PSD e o
PSB.
A aposta do PT está no enfraquecimento do PMDB, que caiu de 32 prefeituras
para 25, e no apoio de parte da base que está com o governador. Lindbergh cria
fatos políticos para se tornar cada vez mais conhecido. Namora o PSD do
deputado federal Sérgio Zveiter (candidato derrotado à Prefeitura de Niterói) e
do ex-deputado federal Indio da Costa (presidente regional do partido) e tem o
apoio da família Malafaia, evangélicos da Igreja Assembleia de Deus Vitória em
Cristo, da qual faz parte o deputado estadual Samuel Malafaia (PSD). O partido
recém-criado conquistou seis prefeituras. Já o PSB cresceu de dois para oito
municípios e conquistou cidades importantes como Duque de Caxias e Petrópolis,
com o apoio de Lindbergh.
Do outro lado, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) já mexe em seu secretariado
para arrumar lugar para os dois partidos. Nos bastidores já é certo que Indio
da Costa ganhará uma pasta.
Enquanto isso, o ex-presidente Lula e o governador Sergio Cabral (PMDB)
tentam acalmar Lindbergh. Lula diz que ele deve seguir seu caminho, mas manter
boas relações com o governador. Cabral evita um enfrentamento. Já o
vice-governador Pezão, pré-candidato do PMDB, atiça a fogueira e diz que o que
deve prevalecer outra vez é a aliança para reeleger Dilma Rousseff.
Fonte: Valor Econômico
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